×

Aviso

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 800

Polícia congolesa atira contra manifestantes e deixa 8 mortos e mais de 100 detidos

Post by: 01 Janeiro, 2018

 

Os protestos no Congo contra o Presidente Joseph Kabila já provocaram oito mortos e levaram à detenção de mais de cem pessoas, informou hoje fonte da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em declarações à agência France Presse, fonte na ONU confirmou que, "até ao momento, foram registados oito mortos, sete em Kinshasa e um em Kananga", bem como 82 detenções na capital e 41 no resto do país.

Os agentes dispararam hoje contra fiéis de várias paróquias catíolicas que se manifestavam com o objetivo de pedir que Joseph Kabila declare, publicamente, que não será candidato nas próximas presidenciais. O protesto acontece um ano depois da assinatura do acordo de São Silvestre, que previa a realização de eleições antes do final de 2017.

Apesar de o Governo ter proibido qualquer manifestação de caráter político, vários fiéis e ativistas decidiram organizar protestos, liderados pelos párocos.

Em Kinshasa, no distrito de Lemba, as forças de segurança dispararam tiros para o ar e lançaram gás lacrimogéneo numa igreja, onde estavam previstas manifestações, situação que se repetiu no bairro de Mbudi, nas paróquias de São Gabriel de Yolo e São Roberto.

Governo e oposição assinaram há exatamente um ano o Acordo de São Silvestre para realizar eleições antes do fim de 2017. No entanto, a Comissão Eleitoral anunciou em outubro que não seria possível convocá-las até 2019, apesar de isto representar o descumprimento do acordo. 

Finalmente, a Comissão Eleitoral anunciou no mês passado que as eleições presidenciais aconteceriam em 23 de dezembro de 2018, para substituir o presidente Joseph Kabila. 

O pleito deveria ter sido realizado originalmente em dezembro de 2016, mas as autoridades congolesas o adiaram alegando deficiências no censo, uma decisão que foi considerada pela oposição como uma manobra de Kabila para adiar sua saída da presidência. 

Kabila, que se mantém no cargo desde a morte de seu pai em 2001, já concorreu a duas eleições e, segundo a Constituição, não poderia se apresentar como candidato para um terceiro mandato. Sputnik

- --