O programa Emergentes, apresentado em Luanda, é a iniciativa da CMC que visa contribuir para a transformação económica e inclusão financeira de 'startups', pequenas e médias empresas, por via do mercado de capitais.
Para a presidente em exercício da CMC, Edna Mascarenhas, a iniciativa lançada em maio de 2022, onde concorreram mais de 100 empresas e foram selecionadas 20 potenciais concorrentes, visa congregar possíveis investidores no segmento de pequenas e médias empresas da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva).
"Esta iniciativa visa aprimorar as práticas de governação e gestão destes empreendedores, também visa maturar os seus produtos e serviços e desta forma estarem capacitados para obtenção de financiamento no mercado de capitais", disse a responsável.
Falando na abertura da cerimónia de apresentação do programa, que deve selecionar apenas 10 potenciais investidores, Edna Mascarenhas referiu que os selecionados deverão receber "capacitação e mentoria".
"Estas já serão acompanhadas mais de perto pelos nossos parceiros e, então, depois serão apresentadas aos potenciais investidores e o nosso grande objetivo é ter empresas no segmento de mercado de pequenas e médias empresas na Bodiva", assinalou.
Segundo Edna Mascarenhas, com esta iniciativa da CMC o mercado de capitais angolano será um grande aliado da produtividade, do crescimento e da internacionalização das empresas angolanas.
"Estamos todos empenhados no sucesso das prioridades estratégicas que definimos para este projeto, das quais destacamos soluções de financiamento como capitais de risco, através dos fundos ou sociedades de capital de risco, assim como o 'crowdfunding'", salientou.
A CMC lançou este projeto em parceira com a Academia do Empreendedor de Luanda (AEL) Acelera Angola, Deloitte Angola e a Ernst & Young.
Inocêncio das Neves, presidente do Comité de Avaliação das Empresas do Programa Emergentes e membro de direção da AEL, abordou, no encontro, o processo de seleção das empresas acreditando que venha dinamizar e promover as pequenas e médias empresas.
O recurso ao mercado de capitais, realçou, constitui um mecanismo de diversificação das fontes de financiamento das empresas para o consequente aumento da produção nacional e da empregabilidade.
"O foco é mesmo promover a inclusão das pequenas e médias empresas no mercado de capitais", notou Inocêncio Neves, destacando o capital de risco, obrigações corporativas e ações como alguns mecanismos de financiamento.
Empresas dos setores do comércio e prestação de serviço, tecnologias e telecomunicações, agricultura, apicultura e pecuária, exploração e indústria e seguros e transporte são alguns dos concorrentes ao programa Emergentes.