O custo do serviço da dívida de Angola vai duplicar no próximo ano, subindo de 7,27 mil milhões de dólares para 14,7 mil milhões de dólares, e manter-se acima dos 10 mil milhões de dólares nos próximos anos.
O economista Alberto Vunge disse hoje que houve uma “redução importante” de divisas no mercado em Angola com a ausência do Tesouro Nacional no primeiro semestre de 2023 e o cenário, “que prevalece”, contribui para a desvalorização do kwanza.
Mais de metade da dívida pública vem do exterior (cerca de 3,83 mil milhões USD), dos quais 93% são linhas de crédito, os restantes 7% devem ser emissões de eurobonds. Internamente, o Governo vai financiar-se, através de títulos de tesouro. Dívida pública continua com uma elevada exposição à variação cambial.
Angola gastou já este ano 3,5 biliões de kwanzas (7,4 mil milhões de euros) com o serviço da dívida interna e externa do país, afirmou hoje o diretor da Unidade de Gestão da Dívida do Ministério das Finanças.
A dívida de Angola à China desceu 351 milhões de dólares no primeiro trimestre deste ano, para 21,4 mil milhões, de acordo com a consultora REDD Intelligence, citada pelo jornal South China Morning Post.
O Governo de Angola prevê regressar aos mercados financeiros internacionais neste trimestre, devendo emitir até (2,8 bilhões de dólares) 2,8 mil milhões de dólares, de acordo com a apresentação do plano de endividamento, disponível no 'site' das Finanças.
A Comissão Económica do Conselho de Ministros de Angola aprovou hoje o Plano Anual de Endividamento 2022 avaliado em 6,88 biliões de kwanzas (11,3 mil milhões de euros) para o financiamento do Orçamento Geral do Estado (OGE).
Mais de três biliões Kz (5 mil milhões USD) são para pagar juros da dívida e 6,5 biliões Kz (10,8 mil milhões USD) para amortização de dívida de curto, médio e longo prazo. Má despesa cresce 33% e boa despesa aumenta 13%. Defesa, de João Ernesto dos Santos, Interior de Eugênio Laborinho e Transportes de Ricardo de Abreu estão no pódio dos órgãos que mais recebem dinheiros públicos. Hélder Pitta Grós gere o órgão com menos verbas.