O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola disse hoje que o preço do combustível praticado no país constitui a "principal variável" que leva ao contrabando do produto, defendendo o aumento para equiparação aos países vizinhos.
O litro do gasóleo passa a custar 200 kwanzas a partir das zero hora de terça-feira, 23, de acordo com um comunicado do Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo divulgado hoje.
O analista político e social angolano Albino Pakisi admitiu hoje “fortes convulsões sociais” com o fim dos subsídios à gasolina e de isenções às classes profissionais em Angola, acreditando no agravar das condições socioeconómica das famílias.
O Presidente angolano deu mais um passo na retirada dos subsídios aos combustíveis ao acabar com as isenções atribuídas a algumas classes profissionais, a partir de 30 de abril, segundo um decreto publicado em Diário da República.
O representante do FMI para Angola elogiou hoje a determinação do Governo angolano no processo de retirada do subsídio aos combustíveis, apesar da sua complexidade.
O presidente da Associação dos Taxistas de Angola (ATA) denunciou hoje que um grupo de “taxistas de má-fé” pretende convocar uma “paralisação ilegal e criar caos” em Luanda, sob pretexto de reivindicarem os cartões de combustível subvencionados.
A ministra das Finanças de Angola considerou hoje que o aumento da inflação é a primeira consequência da retirada dos subsídios aos combustíveis, que quase duplicou o preço num dos países onde eram mais baratos.
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, na oposição) disse hoje que os seus militantes "são livres de individualmente participarem" na manifestação contra o aumento dos preços dos combustíveis, mas não vai aderir oficialmente nos protestos.
O Presidente angolano disse hoje que as instituições do Estado estão “atentas e vigilantes” a quem procurar chegar ao poder “por caminhos impróprios” e inconstitucionais e que não vão deixar ruir a construção do Estado de Direito.
Incompetência e medo de perder as eleições de agosto de 2022 são as principais razões identificadas por analistas, ouvidos pela Lusa, para explicar o imbróglio em que as autoridades angolanas se meteram quando deixaram de subsidiar os combustíveis.