O Governo angolano prometeu hoje trabalhar com "endividamento responsável" para fazer face a projetos e infraestruturas como a construção de estradas e fornecimento de energia e água, devido à "insuficiência" da receita fiscal.
O custo do serviço da dívida de Angola vai duplicar no próximo ano, subindo de 7,27 mil milhões de dólares para 14,7 mil milhões de dólares, e manter-se acima dos 10 mil milhões de dólares nos próximos anos.
A ministra das Finanças angolana reafirmou hoje que Angola não vai recorrer aos mercados externos de financiamento, devido aos custos e “tudo o que está a acontecer no panorama internacional”.
O economista Alberto Vunge disse hoje que houve uma “redução importante” de divisas no mercado em Angola com a ausência do Tesouro Nacional no primeiro semestre de 2023 e o cenário, “que prevalece”, contribui para a desvalorização do kwanza.
Angola gastou já este ano 3,5 biliões de kwanzas (7,4 mil milhões de euros) com o serviço da dívida interna e externa do país, afirmou hoje o diretor da Unidade de Gestão da Dívida do Ministério das Finanças.
A dívida de Angola à China desceu 351 milhões de dólares no primeiro trimestre deste ano, para 21,4 mil milhões, de acordo com a consultora REDD Intelligence, citada pelo jornal South China Morning Post.
A agência de notação financeira Standard & Poor's (S&P) antevê que a dívida pública de Angola desça para 64% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2025, depois de ter atingido o pico de 131% em 2020.
Mais de três biliões Kz (5 mil milhões USD) são para pagar juros da dívida e 6,5 biliões Kz (10,8 mil milhões USD) para amortização de dívida de curto, médio e longo prazo. Má despesa cresce 33% e boa despesa aumenta 13%. Defesa, de João Ernesto dos Santos, Interior de Eugênio Laborinho e Transportes de Ricardo de Abreu estão no pódio dos órgãos que mais recebem dinheiros públicos. Hélder Pitta Grós gere o órgão com menos verbas.