Um fim de ano que fica para a história de Angola e novo ano a fervilhar. Antes de janeiro acabar, a PGR angolana avançará com a ação principal contra Isabel dos Santos ou o arresto decretado pelo Tribunal Provincial de Luanda (TPL) extingue-se, garantem fontes jurídicas locais. Só no âmbito da ação, haverá acusação e defesa formais e decisões finais, mas os ventos não favorecem a empresária. Angola está determinada em mostrar uma nova normalidade e se agora reclama mil milhões - que Isabel dos Santos nega ter recebido - relativos ao financiamento da compra das empresas enquanto Eduardo dos Santos era presidente, outras exigências virão, por exemplo sobre mais-valias delas obtidas.
No princípio de dezembro, o FMI anunciou que tinha aprovado a segunda etapa do PFI, e alertou que “a dívida de Angola permanece sustentável, mas o rácio da dívida pública face ao Produto Interno Bruto aumentou substancialmente, e os já de si elevados riscos subiram ainda mais”.
Ricardo Soares de Oliveira, professor em Oxford e autor do livro Magnífica e Miserável: Angola desde a Guerra Civil, considera que o arresto de bens de Isabel dos Santos, acusada de ter lesado o Estado angolano em 1,13 mil milhões de dólares, mostra uma «radicalização da ofensiva» contra o ex-presidente, José Eduardo dos Santos, e a sua família.
A direcção da Cidade da China, zona comercial localizada no município de Viana, em Luanda, referiu hoje (sexta-feira) que o dinheiro falso encontrado dentro da instituição comercial pertencia ao proprietário da empresa denominada "Comida de Tai Wan".
Em entrevista ao Observador, Isabel dos Santos nega ter sido favorecida pelo pai, fala das acusações de irregularidades no BIC Portugal e conta que não vai a Angola há mais de um ano porque tem medo.
O analista do Bank of America ML que segue Angola considerou hoje que a depreciação do kwanza está em linha com as recomendações do Fundo Monetário Internacional e sustenta os ajustamentos macroeconómicos em curso no país.
Três das várias alas da FNLA rubricaram hoje (sexta-feira), em Luanda, um pacto de entendimento para pôr fim às cisões que duram há cerca de 20 anos, afectando a afirmação política desse partido actualmente com um assento no Parlamento.
O líder da UNITA, maior partido da oposição em Angola, acusou hoje membros do MPLA, no poder, de serem os adversários do Presidente, desafiando João Lourenço a ser "patriota" para superar a crise que o país enfrenta.
O Conselho de Ministros, reunido hoje, quinta-feira, em Luanda, em sessão ordinária, apreciou a proposta de Lei que autoriza o Banco Nacional de Angola a emitir e pôr em circulação uma nova família de notas de valor facial de duzentos, quinhentos, mil, dois mil, cinco mil e dez mil kwanzas.
Nos últimos dias tem estado a circular um panfleto a anunciar um acto de protesto nacional, a ter lugar a 11 de Outubro do ano em curso. Uma leitura do panfleto permite ler: “Sexta-Feira, 11 de Outubro, Manifestação Nacional. Reflexão Pacífica, Revolução Pacífica. Reflexão Sobre o Estado da Nação. Que Nação Queremos e Que Nação Merecemos” lê-se.
O general Abílio Kamalata Numa, segundo dirigente da UNITA a formalizar a candidatura à liderança do principal partido da oposição em Angola, defendeu hoje ser o candidato "mais bem preparado" e o que melhor representa "os militantes sem voz".
O Supremo Tribunal Militar continua a ouvir amanhã, em julgamento, as testemunhas arroladas no processo pela defesa do general José Maria que está a ser acusado da prática dos crimes de extravio de documentos, aparelhos ou objectos que contêm informações de carácter militar e de insubordinação.