A era pós independentista, com raríssimas excepções não produziu democracias pujantes. Falar da democracia em África é reflectir sobre as vicissitudes por que passou o processo independentista em vários países do continente: da ocupação colonial; às lutas pelas independências nacionais, que semearam a saga de regimes de partido único; dando lugar aos ventos da democratização e ao surgimento do multipartidarismo em África com o desmoronamento da União Soviética, nos finais da década de oitenta, do século passado.
A realização de emboscadas, ataques a caravanas e agressões a deputados são sinais inequívocos de que o conceito de Estado-nação em Angola pode estar a entrar em colapso.
Para assinalar uma data impossível de esquecer e apagar em Angola - o 27 de Maio de 1977 partilho, em anexo, o Capítulo 5 do meu livro "Uma Vida de Luta...".
Donald Trump tomou posse como 47º Presidente dos Estados Unidos e as pessoas interrogam-se sobre as consequências políticas, económicas e sociais para o mundo e os respectivos países. E não é caso para menos, afinal os Estados Unidos são a principal potência política e económica mundial e Trump ameaça mudar radicalmente a forma como os Estados Unidos atuam. Naturalmente que essa interrogação e essa preocupação estebde-se a Angola que não foge à regra e os angolanos também interrogam-se sobre o que é que poderá acontecer.
Apoiar a luta dos povos que clamam por liberdade e prosperidade é mais do que a maneira sensata de a América se relembrar dos nobres valores que nortearam a sua fundação.
A CNN (Portugal), em primeira mão, e a comunicação social portuguesa em geral, desde o dia 4 de setembro do corrente mês, estão a veicular a notícia de que o Estado português já investiu cerca de 520 milhões de euros na EFACEC, que está praticamente falida (tal como a encontrou Isabel dos Santos, que a reergueu).
Ficou provado pela Procuradoria da República americana que a Boston Consulting Group subornou altos funcionários do Banco Nacional de Angola (BNA) e do Ministério da Economia entre 2011 e 2017.
Arrepia-me o espectáculo degradante de uma Angola distópica, transformada em paraíso de charlatães que há muito atraiçoaram o testamento político original do MPLA.
A compra, por contratação simplificada, de 600 autocarros ao grupo Opaia, veio lançar a polémica. Primeiro em torno da falta de explicações dadas no despacho presidencial, e depois à volta de Agostinho Kapaia, líder do consórcio vencedor.
Em tempos de adversidade, como os que muitos angolanos enfrentam, pode parecer contraproducente falar sobre turismo. No entanto, a recente declaração do Presidente João Lourenço, incentivando os angolanos a adotarem o hábito de fazer turismo, merece uma análise mais ponderada e profunda. Esta postura visa não apenas promover uma atividade recreativa, mas também fomentar o desenvolvimento econômico e cultural do país, oferecendo uma visão de esperança e progresso.