A informação que dá conta da investigação do Presidente da República, João Lourenço, nos Estado Unidos da América (EUA), por indícios de corrupção, é resultado do descontentamento no seio do MPLA, pela forma como está a ser executado o programa de combate à corrupção, disse Maurílio Luyele, primeiro vice-presidente do Grupo Parlamentar da UNITA.
A posição do Secretariado do Bureau Político do partido foi tornada pública numa nota de imprensa saída da 4.ª reunião ordinária que decorreu sob a orientação da sua vice-presidente, Luísa Damião, e que, dentre vários assuntos, analisou a situação política, social e económica do país, para além de questões internas da organização
Para o secretário para a Informação da organização política, Albino Carlos, a confirmação da empresa norte-americana Squire Patton Boggs (SPB) que afirmou desconhecer qualquer investigação em curso da justiça dos Estados Unidos às autoridades angolanas, vem demonstrar o comprometimento do MPLA com a resolução dos problemas do país apesar
A Pangea-Risk, sabia que o seu último relatório seria polémico e atrairia imensa atenção, mas não poderia imaginar que o texto seria vazado dias antes da data prevista para a sua publicação.
A empresa norte-americana Squire Patton Boggs (SPB), contratada pelo Governo angolano, disse à Lusa desconhecer qualquer investigação da justiça norte-americana em curso às autoridades de Luanda, incluindo o Presidente, João Lourenço.
A UNITA e o Bloco Democrático, partidos da oposição angolana, manifestaram hoje “preocupação” com alegadas investigações relativas a altas figuras do Governo angolano, incluindo o Presidente da República, reveladas por uma consultora, admitindo que “muitos dos dados sejam verdadeiros”.
O MPLA disse não haver qualquer investigação em curso à volta do Presidente João Lourenço e acusou “sectores portugueses e angolanos” de estarem na origem de uma "campanha para ofuscar a cruzada contra a corrupção e desacreditar as instituições angolanas”.
A construtora brasileira Odebrecht negou hoje ter feito pagamentos indevidos a empresas ligadas ao Presidente angolano, João Lourenço, como afirma um relatório da consultora Pangea Risk, mostrando-se disponível para colaborar com a justiça “no esclarecimento dos factos”.