O balanço da doença foi avançado ao Novo Jornal pelo coordenador do Programa Nacional de Controlo da Malária em entrevista que vai ser publicada integralmente na edição impressa que vai para as bancas na próxima sexta-feira, 28 de Abril, .
De acordo com José Franco Martins, o número de óbitos registados no primeiro trimestre deste ano (2.673) representa uma redução de 35% em relação ao período homólogo de 2022, em que foram notificados 4.142 óbitos em 2.699.861 casos de malária em todo o País.
Cálculos deo Novo Jornal atestam que no primeiro trimestre de 2023 - entre Janeiro e Março -, Angola registou uma média diária de mais de 15 mil casos de malária que culminaram em 14 óbitos.
No geral, durante o ano de 2022, Angola registou uma redução na ordem de 10% nas mortes por malária em relação a 2021. No ano passado, o País notificou 9.211.346 casos que culminaram em cerca de 12.485 mortes, ao passo que em 2021, foram 9.169.460 casos e 13.676 óbitos. A faixa etária mais atingida foi a de maiores de 15 anos, com 38% do total dos casos. O aumento dos casos é justificado com a redução do acesso ao diagnóstico e ao tratamento da malária devido ao confinamento observado durante a pandemia da Covid-19.
O Orçamento Geral do Estado para o presente ano económico prevê uma verba de mais de 11 mil milhões de kwanzas para o combate à doença.
No País, a malária é um problema grave de saúde pública e constitui a principal causa de mortes, internamentos hospitalares e absentismo laboral e escolar. A doença, segundo as autoridades sanitárias, representa cerca de 35% da demanda de cuidados curativos, 20% de internamentos hospitalares, 40% das mortes perinatais e 20% de mortalidade materna.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), Angola aparece entre os países com mais casos de malária. No ano passado, o País contribuiu com 3,4% do total de casos notificados no mundo. NJ