Helder Pitta Grós, que discursava na cerimónia de encerramento da Semana da Legalidade - 2019, para assinalar os 40 anos de existência da PGR de Angola, em que participou a homóloga portuguesa, Lucília Gago, disse que o combate à corrupção e à impunidade "é um compromisso social" que se quer "cada vez mais abrangente".
Para Pitta Grós, a PGR angolana tem recorrido "à sua máxima força para este chamamento, assumindo o seu firme compromisso com esse nobre desiderato nacional".
"Todos somos poucos perante tal empreitada", disse Hélder Pitta Grós, lembrando que foram aprovados recentemente novos e importantes instrumentos jurídicos, já em vigor, que acarretam responsabilidades acrescidas para a PGR.
O PGR angolano referiu que os mais recentes acontecimentos exigem também uma "posição mais dinâmica" da Procuradoria-Geral da República angolana na relação com os demais órgãos e instituições, públicos e privados, mormente os que diretamente intervêm na administração da justiça.
"Comprometido com os desafios do futuro, a PGR vive um processo de reestruturação, quer na perspetiva dos órgãos internos recém-criados, como o Gabinete de Assessoria e Inquérito e o Serviço Nacional de Recuperação de Ativos, quer na dos órgãos e estruturas a constituir", disse.
Hélder Pitta Grós disse que alguns desafios, nomeadamente as limitações de recursos humanos, técnicas e materiais, ainda assombram o exercício pleno da atividade, mas referiu que "maior do que os obstáculos" é "a determinação para os transpor".