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Alas da FNLA assinam pacto de unidade

Post by: 25 Outubro, 2019

Três das várias alas da FNLA rubricaram hoje (sexta-feira), em Luanda, um pacto de entendimento para pôr fim às cisões que duram há cerca de 20 anos, afectando a afirmação política desse partido actualmente com um assento no Parlamento.

O documento foi assinado pelo presidente do partido, Lucas Ngonda, por João do Nascimento Fernandes, pelo chamado "Grupo dos Seis", e por Carlitos Roberto, filho do fundador do partido, Holden Roberto.

A proposta de pacto foi concebida e negociada pela Comissão de Unidade, Reconciliação e Coesão Interna, criada em Maio deste ano.

A ala de Ngola Kabangu abandonou o grupo negocial durante o processo de entendimento, alegando falta de garantias de um congresso electivo este ano.

Já o outro opositor a Lucas Ngonda, José Gomes esteve ausente por desconfiar da Comissão de Reconciliação e acreditar que pode chegar à liderança da FNLA por via judicial.

O entendimento estabelece a realização em Novembro próximo de um congresso ordinário não elegível, que deverá instituir uma comissão de transição encarregue de em 14 meses preparar um conclave que deve escolher um novo corpo directivo.

A direcção de transição deve eleger um Comité Central com 221 membros e um Bureau Político com 51 elementos, com vista a assegurar a reconciliação e a coesão interna do partido, bem como apaziguar os espíritos, suscitar o espírito de perdão e o diálogo permanente entre os membros.

O actual líder da FNLA, Lucas Ngonda, criticou as tendências divisionistas e afirmou que o partido não é uma herdade de amigos, compadres e conterrâneos, mas um projecto de nação.

João Nascimento Fernandes, do "Grupo dos Seis", defendeu a promoção do diálogo e que se eliminem os complexos de superioridade que afectam a estabilidade partidária.

Por seu lado, Carlitos Roberto considerou essencial que os dirigentes coloquem os interesses partidários acima dos pessoais, a bem da coesão interna e do fortalecimento do partido.

Fundada em 1954, a FNLA é, a par do MPLA e da UNITA, uma das forças políticas que lutou para o fim do colonialismo português em Angola.

Nas primeiras eleições gerais, em 2002, elegeu cinco deputados, em 2008, três, em 2012, dois e nas de 2017 apenas um dos 220 assentos na Assembleia Nacional.

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