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Governo desbloqueia verbas para serviços de hemodialise no Lobito e Benguela

Post by: 14 Novembro, 2017

O Ministério das Finanças angolano vai avançar com uma "solução imediata" para as dívidas que levaram à paralisação dos serviços de hemodialise das unidades hospitalares do Lobito e Benguela, colocando em risco mais de 200 doentes.

Embora sem concretizar, o ministério liderado por Archer Mangueira refere, em comunicado divulgado hoje, que "está a trabalhar com o Ministério da Saúde para a solução imediata" deste problema, com "a atribuição de uma quota financeira" para atender os seus compromissos com as entidades prestadoras de serviço, na província de Benguela".

Desde segunda-feira que as dezenas de trabalhadores dos dois centros de hemodiálise da província de Benguela, explorados pela mesma empresa nas cidades do Lobito e Benguela, paralisaram o serviço, reclamando o pagamento de seis meses de salários em atraso, situação que está a colocar em risco os pacientes de hemodialise da região.

"Face à gravidade da situação, lamentamos o impacto desta paralisação junto dos pacientes atendidos naquelas unidades e informamos que os trabalhadores em causa não são funcionários públicos, antes estão vinculados ao quadro de pessoal das referidas empresas prestadoras de serviço", sublinha o ministério das Finanças.

A Lusa noticiou a 25 de outubro que aquelas duas clínicas de hemodiálise podiam paralisar o funcionamento já em novembro, como agora se verificou, se não fosse paga uma dívida do Estado no valor de 1.180 milhões de kwanzas (seis milhões de euros) à empresa gestora.

A empresa, denominada de Instituto Angolano do Rim, tem um contrato com o Ministério da Saúde de Angola, para a prestação de serviço de hemodiálise.

Em fevereiro de 2016, a empresa referia que nas clínicas de Benguela e do Lobito tinham sido tratados 358 doentes, dos quais 298 em Benguela, efetuadas 24.970 sessões de hemodiálise e recuperada a função renal a oito pacientes.

Além de Benguela, informou ainda a empresa, foram tratados nas províncias da Huíla e Cuanza Sul 60 outros doentes, apesar do "ambiente financeiro muito complicado", por dependerem da importação de todo o material de diálise e medicamentos.

No final de outubro, o diretor dos Recursos Humanos do Ministério da Saúde, António Martins, referia que parte da dívida tinha sido, entretanto, amortizada, com a liquidação de 170 milhões de kwanzas (866.730 euros) desbloqueados pelo Ministério das Finanças.

"A direção do ministério, fruto da situação que é muito sensível, tem estado a envidar esforços dentro das estruturas afins, na pessoa senhora da ministra da Saúde, que tem feito advocacia e dessa advocacia resultou o pagamento dos primeiros 170 milhões de kwanzas, na semana passada", disse o responsável.

De acordo com António Martins, foram já cabimentados, também da verba disponibilizada para os bens e serviços, cerca de 50 milhões de kwanzas (254.920 euros) para a resolução desta situação.

Os funcionários garantem que a verba já disponibilizada não chega para cobrir os pagamentos em atraso.

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