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Fernando Macedo questiona a riqueza de João Lourenço

Post by: 07 Julho, 2019

Cerca de trinta activistas sociais concentram-se sábado na Praça da Independência, em Luanda, numa manifestação exigindo um combate à corrupção "sério e justo". Os manifestantes permaneceram na Praça da Independência das 9h às 15h, exibindo cartazes com dizeres que davam conta de uma alegada "farsa da luta contra a corrupção", por se tratar "apenas de um filme", segundo disseram.

Ao contrário das alegações dos manifestantes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) tem "em sua mãos", para a investigação e apuramento de factos mais de 600 processos de alegados casos de corrupção. Em declarações à Angop, Fernando Macedo, um dos promotores, disse que a manifestação pretendeu alertar para que o combate à corrupção seja "justo e sério", tratando todos os suspeitos de terem lapidado o erário à medida da lei.

O activista lamentou que o combate à corrupção tenha levado a tribunal, até agora, apenas duas figuras do antigo Executivo, nomeadamente Norberto Garcia (do caso "Burla Tailandesa") e Augusto Tomás (Caso CNC em julgamento no Tribunal Supremo). Fernando Macedo defendeu uma "reforma" na magistratura Judicial e do Ministério Público, "afastando todos juízes e procuradores que beneficiaram da política de Acumulação Primitiva de Capitais", alegadamente, estarem comprometidos.

Em contrapartida, sugere a colocação de jovens juízes e procuradores "sem mácula de corrupção" a trabalharem nos processos mediáticos. "O Presidente da República tem de ter coerência e confirmar a público que beneficiou de dinheiros ilícitos e vamos aceitar, desde que reafirme a luta contra a corrupção", disse. Já Laura Macedo, também promotora, disse que conseguiram passar a mensagem para a necessidade de "a população se juntar à luta contra a corrupção". Solicitou ao Presidente da República para que se "dispa da arrogância" e reafirme os métodos que tem para combater a corrupção.

A activista defendeu um "julgamento justo" ao ex-Vice Presidente da República, Manuel Vicente, repudiando a afirmação do ministro das Relações Exterior, Manuel Augusto, proferidas em França, segundo a qual o processo contra Manuel Vicente prescreveu. Nos últimos dois anos, a justiça angolana tem registado um grande número de processos-crime mediáticos, envolvendo figuras do aparelho do Estado, acusadas de corrupção, branqueamento de capitais e outras práticas nocivas à sociedade.

Desde Setembro de 2017, o Governo do Presidente João Lourenço tem vindo a adoptar várias medidas de combate à corrupção e ao nepotismo em Angola, que já resultaram na investigação e detenção, pela PGR, de várias figuras políticas e gestores públicos.

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