Print this page

Qual diplomacia após as eleições?

25 Abril, 2017
Qual diplomacia após as eleições?

Esta pergunta merece de ser colocada na véspera da preparação das eleições gerais. 

Logo após a descolonização dolorosa, Angola foi mergulhado em uma guerra fratricida com consequências negativas sobre quase todas as áreas da vida nacional. Foi é de lamentar o atraso registrado no processo de desenvolvimento do país. 

Por P. Mingiedi Politólogo, Especialista em Política Internacional - Genebra /Suíça

Durante vários anos, a diplomacia angolana consistiu a gerir uma situação de conflito colocando o país numa posição defensiva internacionalmente. A mudança de estratégia impõe-se. 

Logicamente, uma nova abordagem devia prevalecer com o fim da guerra em 2002.  

A mudança foi necessária. O abandono da diplomacia defensiva em favor da ofensiva teria sido mais benéfico tanto no plano da imagem do país como no quadro da cooperação internacional. 

Com a globalização, o mundo está tornando-se cada vez mais interdependente. O país deve integrar este novo parâmetro na concepção da sua política externa. 

Para enfrentar este desafio, o foco deve ser posto na formação eficiente dos futuros diplomatas. Em termos de ganho, o discurso polêmico sobre o passado deixamos rapidamente o lugar ao discurso analítico. 

Nesta nova configuração internacional, cada país está lutando para melhorar a defesa dos seus interesses. É hora de entender que uma dose saudável de desempenho na diplomacia angolana permitiria de recuperar o atraso nesta área. Isso contribuiria a redução progressiva do número de embaixadas, para minimizar os custos financeiros como fazem actualmente muitos países ocidentais. A qualidade primeira a quantidade. 

Por motivo de eficiência, seria sábio despolitizar a diplomacia. O Estado assegura a melhor formação dos diplomatas para acabar ao prazo com o problema de complexo que sofreriam muitos diplomatas africanos, em reuniões internacionais. Angola tem os meios para desenvolver uma diplomacia eficaz, à altura de suas riquezas. 

Com sua experiência, Angola está bem posicionada para tomar iniciativas no âmbito de prevenir e resolver conflitos no continente.  A sua credibilidade permanece intacta em matéria de paz.   A reforma da diplomacia atual é urgente. Tomará em conta a evolução da situação política e do contexto internacional. Ela se adaptará constantemente às novas realidades para gerir a melhor as questões de política internacional. Além disso, é importante desenvolver uma estratégia para compensar a ausência dos angolanos em instituições internacionais. 

Será, portanto, ao vencedor das próximas eleições de priorizar esta problemática.  Uma melhor percepção da imagem do país e mais benefícios em matéria da cooperação internacional resultariam de uma diplomacia ofensiva e, sobretudo, desinibida. 

Last modified on Sábado, 29 Abril 2017 16:31
Share:
- --