A Ordem dos Advogados de Angola apelou esta quarta-feira à mobilização destes profissionais para, face ao "elevado número de cidadãos detidos nos últimos dias", integrarem as equipas que estão a ser formadas para garantirem um julgamento legal.
No terceiro dia de greve dos taxistas, marcada por tumultos e pilhagens, o medo sente-se ainda em Luanda, que ensaia um regresso à normalidade apesar de muitas lojas permanecerem fechadas ou vandalizadas, sinal claro da violência dos últimos dias.
O ministro do Interior, Manuel Homem, garantiu esta quarta-feira, em Luanda, que a segurança pública no país não sofrerá alterações que inviabilizem a vida social das pessoas.
O Tribunal da Comarca de Luanda iniciou, esta quarta-feira, o julgamento dos cidadãos supostamente implicados nos actos de vandalismo que se verificam na capital angolana, na sequência da greve dos taxistas.
O ativista Luaty Beirão disse hoje que a “má governação e prepotência” das autoridades angolanas originaram os tumultos registados em Luanda, considerando que o Governo conduziu o país para um estado de insustentabilidade e "ignorou o desgaste popular".
O investigador Fernando Jorge Cardoso defende que “o aparelho repressivo angolano é suficientemente sólido para conter as manifestações” em Luanda e que o principal desafio para João Lourenço são as eleições de 2026.
Vidros partidos, armários destruídos, salas vazias. É tudo o que resta do hotel que António Bumba construiu nas últimas duas décadas e que foi destruído nos tumultos em Luanda, deixando a si e aos seus funcionários apenas um monte de escombros.
Empresas de comércio e distribuição alimentar angolanas consideraram hoje um “desastre” os protestos seguidos de pilhagens em estabelecimentos comerciais, sobretudo em Luanda, salientando que os custos para a recuperação e os prejuízos ainda estão por avaliar.
A empresa pública de Transportes Coletivos Urbanos de Luanda (TCUL) retomou hoje os serviços, registando um prejuízo de mais de 44 mil euros nos dois dias em que suspendeu aatividade devido à insegurança na capital angolana.
Os advogados de Carlos São Vicente consideraram hoje ilegal o concurso público para a privatização de oito unidades hoteleiras em Angola do empresário e reiteraram a inocência do cliente, garantindo que a origem do património “é legítima”.