N’zau Puna aderiu, em 1961, à União dos Povos de Angola (UPA) e foi secretário-geral, comissário político e comandante militar das FALA (componente militar da UNITA).
O general Miguel Maria N’zau Puna esteve presente nos acordos de 1974 entre o MPLA, partido no poder em Angola, e a UNITA, maior força da oposição angolana, tendo chefiado a delegação do “Galo Negro” na tomada de posse no Governo de Transição.
Participou igualmente nos Acordos de Bicesse, assinados a 31 de maio de 1991, no Estoril, pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e o líder da UNITA, Jonas Savimbi, com os quais se pretendia pôr fim à guerra civil.
Em 1992, abandonou a UNITA e fundou a Tendência de Reflexão Democrática (TRD), com Tony da Costa Fernandes e Georges Chicoty, antigo ministro das Relações Exteriores e atual secretário-geral do grupo África, Caraíbas e Pacífico.
Foi também Embaixador de Angola no Canadá e deputado pelo Grupo Parlamentar do MPLA desde 2008.
Em junho de 2019, publicou a sua autobiografia intitulada “Mal me Querem”, onde retratou as suas vivências desde a Jamba a Luanda, passando pela Zâmbia, Tunísia ou China, focando os bastidores da guerrilha, os Acordos de Alvor e de Bicesse, as eleições de 1992 e a rutura com a UNITA.