Em causa está a realização de uma marcha sob o lema “Exigir igualdade de tratamento no processo eleitoral de 24 de agosto”, na qual participariam partidos e coligações da oposição angolana, entre as quais União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido da oposição), Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE, coligação de partidos que representa a terceira força política no Parlamento angolano), Partido de Renovação Social (PRS), Bloco Democrático (BD), e o projeto político PRA-JA Servir Angola, liderado por Abel Chivukuvuku.
O governo provincial “recomenda a não realização” da iniciativa, por considerar que existe “risco de comprometer a segurança e ordem pública”, não só por estarem convocadas duas marchas para o mesmo dia, com horário e itinerário coincidentes, mas também por constarem “projetos políticos não aprovados pelo Tribunal Constitucional” que não vão concorrer às eleições “não tendo por isso legitimidade de exigir igualdade de tratamento no processo eleitoral”.
O executivo de Luanda alude ao PRA-JÁ Servir Angola, cuja legalização foi sucessivamente inviabilizada pelo Tribunal Constitucional de Angola, levando o coordenador do projeto político a concorrer às eleições gerais integrado nas listas da UNITA, em que é número 2 (candidato a vice-Presidente).
No comunicado, o governo provincial exorta ainda os partidos “com legitimidade para participarem das eleições de 24 de agosto de 2022 a utilizarem os mecanismos de concertação política e institucional existentes ao nível da Comissão Provincial Eleitoral (CPE) e a promoverem as marchas de apelo ao voto legalmente admissíveis neste período de Campanha Eleitoral”.
O Movimento Revolucionário Angola convocou para sábado uma manifestação exigindo "Liberdade aos presos políticos já!".
Angola realiza em 24 de agosto as quintas eleições gerais, às quais concorrem sete partidos políticos e uma coligação.