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Empréstimo a Banco Económico serviu para manter sistema financeiro a funcionar - BNA

Post by: 21 Mai, 2025
Empréstimo a Banco Económico serviu para manter sistema financeiro a funcionar - BNA

O governador do banco central angolano disse hoje que o apoio de 77,1 mil milhões de kwanzas (74 milhões de euros) ao Banco Económico (BE) foi um instrumento para ajudar a manter o normal funcionamento do sistema financeiro.

Manuel Tiago Dias, que falava em conferência de imprensa no final da 123.ª reunião do Comité de Política Monetária, disse que a situação do BE é conhecida pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), a ajuda foi dada no âmbito do Mecanismo de Assistência ao Sistema de Pagamentos de Angola, que permite o funcionamento dos diversos subsistemas de pagamentos, em particular os multicaixas [multibanco] 24 horas por dia, incluindo aos finais de semana.

“Para permitir que o mecanismo funcione 24/24 horas, nós decidimos pela aprovação deste instrumento, para que efetivamente os bancos que tenham alguma dificuldade de liquidez não coloquem em perigo o normal funcionamento dos diversos subsistemas”, frisou. O responsável destacou que os bancos constituem um colateral (ativo oferecido como garantia) junto do BNA e “foi o que aconteceu com o BE”.

“O financiamento foi concedido no âmbito do funcionamento do sistema de pagamentos de Angola e temos um colateral correspondente ao valor emprestado”, sublinhou. O Banco Económico que substituiu o Banco Espírito Santo Angola (BESA) há vários anos enfrenta problemas de liquidez.

Segundo o semanário Expansão, em 2024 o Banco Económico registou capitais próprios negativos de 630,7 mil milhões de kwanzas, o equivalente a cerca de 700,8 milhões de euros, mantendo-se assim em falência técnica pelo sexto ano consecutivo.

O passivo aumentou para 1,5 biliões de kwanzas (cerca de 1,67 mil milhões de euros), enquanto o ativo caiu para 839,9 mil milhões de kwanzas (aproximadamente 933,2 milhões de euros). Apesar de um resultado líquido negativo de 3,4 mil milhões de kwanzas em 2024 (cerca de 3,78 milhões de euros), inferior aos prejuízos de 298,9 mil milhões de kwanzas registados em 2023 (cerca de 332,1 milhões de euros), a situação financeira do banco continua a ser crítica.

Last modified on Quarta, 21 Mai 2025 19:37
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