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Ministério Público deixa cair seis dos sete crimes do general “Kopelipa”

Post by: 13 Outubro, 2025
Ministério Público deixa cair seis dos sete crimes do general “Kopelipa”

O Ministério Público angolano deixou cair quase todos os crimes de que estava acusado o general Helder Vieira Dias “Kopelipa”, mantendo apenas o de tráfico de influências, por não conseguir sustentar as restantes acusações.

As alegações do Ministério Público no chamado “caso dos generais” foram apresentadas hoje em tribunal, ao longo de cerca de três horas.

Durante a produção de prova, o representante da acusação afirmou não ter conseguido preencher os ilícitos criminais de peculato, burla por defraudação, falsificação de documentos e associação criminosa, nem provar o abuso de poder.

O Ministério Público pediu, assim, a condenação de Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa” apenas pelo crime de tráfico de influências.

Relativamente a Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, Yiu Haiming e Fernando Gomes dos Santos, o Ministério Público solicitou a condenação pelos crimes de burla por defraudação, branqueamento de capitais, trafico e influências e falsificação de documentos.

Para as três empresas também arguidas — China International Fund (CIF), Plansmart International Limited e Utter Right International Limited — foi pedida a condenação pelos crimes de tráfico de influências e branqueamento de capitais.

O Ministério Público requereu ainda que sejam declarados perdidos a favor do Estado os bens arrolados no processo e que seja aplicada uma perda alargada de bens.

A audiência de julgamento, referente ao processo n.º 38/2022, decorreu no Tribunal Supremo envolve os generais Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” e Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, em alegados esquemas envolvendo o Estado angolano e o grupo China International Fund (CIF), durante o período em que Angola desenvolveu vários projetos de reconstrução nacional financiados pela China.

O processo judicial envolve também o advogado Fernando Gomes dos Santos e o empresário chinês Yiu Haiming, bem como três empresas — CIF, Plansmart International Limited e Utter Right International Limited.

O ex-vice-Presidente de Angola e antigo presidente da Sonangol Manuel Vicente, não é arguido, mas é amplamente citado na acusação do Ministério Público.

Na audiência anterior, a juíza conselheira Ana Bela Valente, relatora do processo, estabeleceu os dias 20 e 27 de outubro para a leitura dos quesitos e do acórdão, respetivamente.

O julgamento teve início no dia 10 de março e conta com 38 declarantes.

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