O Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos demitiu, pela prática de actos de corrupção e de improbidade lesivas ao Estado, sete (7) funcionários do Cartório Notarial de Viana, em Luanda.
Um relatório confidencial revela que César Armando Eusébio de Sousa, marido da ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, terá sido peça-chave na contratação da empresa portuguesa INFORMANTEM (atualmente BRAVANTIC) pelo Banco de Poupança e Crédito (BPC), em um negócio classificado como um dos maiores riscos financeiros e de segurança nacional já assumidos pelo banco público.
O Banco de Exportação-Importação dos Estados Unidos está a ser analisado por causa de uma doação de 2,5 mil milhões de dólares para o desenvolvimento de energia verde em Angola, que beneficia empresas estrangeiras com ligações à China e ao presidente angolano, apesar de o banco afirmar que irá apoiar milhares de empregos americanos.
O Banco Nacional de Angola (BNA) afasta o envolvimento em práticas ilícitas apontadas à Boston Consulting Group, Inc. (BCG). Num comunicado, em reacção às recentes notícias que envolvem a BCG e as investigações conduzidas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), o Banco Central angolano esclarece que não esteve envolvido em quaisquer actividades ilícitas relacionadas aos contratos celebrados com a referida empresa de consultoria.
A Boston Consulting Group (BCG) dos Estados Unidos admitiu que pagou subornos para conseguir negócios em Angola, tendo acordado com o Departamento de Justiça dos EUA restituir 14,4 milhões de dólares (12,8 milhões de euros) em lucros.
A moradia de luxo de ministro das Finanças do Congo, Gilbert Ondongo, localizada na Quinta da Marinha, onde em 2016 foram encontrados três milhões de euros e três milhões de dólares em notas, foi apreendida na operação Rota do Atlântico, que levou à detenção dos empresários José Veiga e Paulo Santana Lopes.
O Governo angolano aprovou recentemente a denominada Estratégia Nacional de Prevenção e Repressão da Corrupção, descrita como um instrumento de prevenção, deteção e repressão da corrupção e criminalidade conexa, tendo em vista à boa governação, o reforço da confiança dos cidadãos nas instituições públicas e privadas, bem como a adopção de boas práticas administrativas.
O Presidente angolano autorizou, por decreto, a compra de 600 autocarros por 323,5 milhões de euros. A soma avultada levanta suspeitas de corrupção. “É um escândalo”, comenta analista em declarações à DW.600 autocarros, cada um a custar em média 540 mil euros – é demais.
Angola melhorou o combate à corrupção, fixando-se no 121.º lugar no Índice de Perceção da Corrupção, alcançando 33 pontos numa escala que vai dos zero aos 100, segundo um relatório hoje divulgado.
A adjudicação direta de contratos a empresas é um assunto delicado que exige transparência, integridade e justiça. Infelizmente, em muitos casos, a falta desses princípios fundamentais abre espaço para a corrupção, a lavagem de dinheiro e o branqueamento de capitais.