Adalberto Costa diz que UNITA não vai mais admitir interferências políticas do poder judicial. Político lança campanha à presidência do partido e defende que UNITA "não nasceu para se conformar com um lugar na oposição".
Segundo o jurista Domingos Manuel, em breves declarações ao Jornal OPAÍS, via telefone, este órgão jurisdicional não condicionou a realização do XIII Congresso Ordinário, previsto de 2 a 4 de Dezembro, em Luanda, se este partido não reunir 700 milhões de Kwanzas.
Adalberto da Costa Júnior, presidente eleito da UNITA, afastado na sequência de uma decisão judicial, e João Lourenço, presidente do MPLA, partido do poder em Angola, concorrem sozinhos à liderança das respetivas forças políticas, sem mais candidaturas formalizadas.
O Tribunal Constitucional de Angola reafirmou a legitimidade e plenos poderes da direção atual da UNITA, liderada por Isaías Samakuva, salientando que o mandato dos atuais órgãos deliberativos e executivos apenas cessa com a eleição de um novo presidente.
O presidente da UNITA, maior partido da oposição em Angola, disse hoje que nenhum partido concorrente pode "imiscuir-se no foro privado, independência e autonomia" de outros e que “é preciso muita inteligência” para ultrapassar atuais desafios.
Adalberto Costa Júnior submeteu hoje a sua candidatura à presidência da UNITA, maior partido da oposição angolana, a única apresentada até ao momento.
Destituído da presidência do partido pela decisão do Tribunal Constitucional, que em Outubro anulou o congresso de 2019, o líder formaliza a candidatura na quarta-feira. E apesar de vozes internas dissonantes, é o único candidato até agora.
O grupo parlamentar da UNITA, maior partido da oposição angolana, considerou a proposta de Orçamento Geral do Estado para 2022 “essencialmente eleitoralista e que encerra o atual ciclo político com fortes sinais de corrupção”.
Em Maio de 2021, 10 militantes da UNITA, de entre os quais Manuel Seteco, Domingos Pedro, Wilson Nuno Gomes e Feliciano Gabriel Kututuma, requereram ao Tribunal Constitucional a “nulidade do acto que admitiu Adalberto Costa Júnior a condição de candidato à presidente da UNITA por violação grosseira à lei, aos estatutos e ao regulamento eleitoral”.
Em declarações, este sábado (06.11), o deputado da UNITA afirmou que só a alternância política permitirá as reformas necessárias para um Estado democrático de direito.