×

Aviso

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 800

Isabel dos Santos quer novos investidores para os bancos de que é acionista

08 Dezembro, 2017

Empresária angolana revela planos para vender em bolsa uma parte do capital do Banco do Fomento Angola, operação que pode passar por Lisboa. E quer novos investidores no banco BIC.

Isabel dos Santos está a desenvolver planos para abrir o capital dos bancos de que é acionista em Angola a novos investidores. A empresária angolana filha do ex-presidente Eduardo dos Santos é a principal acionista do Banco do Fomento Angola e do BIC, instituição que está presente no mercado português com a marca Eurobic.

Os planos foram revelados numa entrevista à agência Bloomberg, durante uma conferência realizada num resort egípcio de Sharm El Sheik. Para o BFA (Banco do Fomento Angola), Isabel dos Santos admite vender 25% numa oferta inicial em bolsa no início de 2019 que pode ocorrer em Londres ou Lisboa. O projeto está a ser trabalhado com consultores financeiros, acrescentou.

O BFA é o segundo maior banco comercial de Angola que era controlado pelo BPI até ao início deste ano. O banco português cedeu o controlo, vendendo 2% do capital à Unitel, empresa de telecomunicações onde Isabel dos Santos é acionista com 25%, para responder a exigências do Banco Central Europeu. O BPI, agora detido pelo CaixaBank, ainda é acionista do BFA.

A filha do ex-presidente angolano, foi recentemente afastada da liderança da Sonangol pelo sucessor de José Eduardo dos Santos, admite ainda vender uma participação no BIC através de uma colocação a investidores privados em Angola. Isabel dos Santos controla 43% desta instituição bancária que em Portugal comprou o BPN ao Estado. Para o BIC, a empresária defende um parceiro que já tenha presença no setor financeiro.

“Estes bancos têm vindo a ganhar força e agora é o tempo de abrir o capital e receber novos acionistas”, justificou nesta entrevista à agência Bloomberg.

Isabel dos Santos afirmou ainda que pretende manter os investimentos que tem nas empresas portuguesas Galp e NOS. E quando questionada sobre a sua demissão do cargo de presidente executiva da Sonangol, a empresária classificou-o como uma decisão “normal”, na sequência da mudança de poder em Angola.

- --