Archer Mangueira, que prestava declarações a propósito dos acordos rubricados terça-feira entre os governos de Angola e da República Popular da China, disse ser pretensão das autoridades angolanas concorrer, com este novo crédito, para a amortização de dívida a médio e a longo prazo.
Sem especificar a taxa de juros a aplicar no âmbito desta nova linha de crédito bem como os termos do reembolso, Archer Mangueira adiantou que este novo financiamento da China destina-se à execução de projectos capazes de criar rendimento para o país, segundo a agência noticiosa Angop.
Archer Mangueira disse terem sido já identificados vários projectos que beneficiarão dessa linha de crédito de 2 bilhões de dólares, designadamente nos sectores da construção, energia e águas e indústria, capazes de fomentar o sector produtivo, diversificar a economia e alterar a actual trajectória do endividamento público do país.
Dados divulgados pelo próprio ministro por ocasião da 3.ª cimeira do Fórum de Cooperação China-África, ocorrido em Setembro em Pequim, indicam que a dívida de Angola à China atingia nesse momento 23 bilhões de dólares.
O ministro das Finanças saudou ainda a assinatura do acordo para evitar a dupla tributação, também assinado durante as negociações entre as delegações de Angola e da China, por permitir que os investidores chineses se sintam mais motivados para actuar em Angola.
“Com este acordo, os investidores poderão fazer aplicações de capital sem que sejam penalizados sob o ponto de vista da tributação de forma dupla, na China e em Angola”, disse Archer Mangueira. (Macauhub)