“O perfil de crédito de Angola reflecte uma ‘Baixa’ força económica, com perspectivas económicas modestas a médio prazo e níveis relativamente baixos de riqueza numa economia petrolífera caracterizada pelos baixos níveis de diversificação e competitividade”, diz a nota da Moody’s.
Na análise, que pretende averiguar se os ‘ratings’ atribuídos a vários países e bancos africanos está adequada não só aos pares, mas também às condições da economia, os peritos da Moody’s lembram que a solidez financeira é ‘Muito Baixa’, “em parte devido ao rápido crescimento da dívida durante o choque petrolífero, excedendo 75% do PIB [Produto Interno Bruto] em 2018″.
A força institucional ‘Muito Baixa’, continuam, “é indicativa da fraca capacidade das autoridades no que diz respeito à eficácia do governo e à capacidade para implementar políticas”.
A permeabilidade a um evento de risco, por seu turno, é “Moderada”, essencialmente devido aos riscos de falta de liquidez, que foram “potenciados pelo alto nível de endividamento” nos últimos anos.
A Moody’s divulgou hoje um conjunto de análises aos principais países do continente africano, incluindo Angola, Moçambique, Nigéria, Egito, Ilhas Maurícias, Arábia Saudita, Omã e África do Sul, entre outros.
Segundo a mesma informação, a agência de ‘rating’ refere que conduz estas análises periódicas “através da revisão do portefólio, nas quais a Moody’s reavalia a adequação de cada ‘rating’ no contexto da metodologia, desenvolvimentos recentes e uma comparação do perfil financeiro e operativo dos pares, que também são avaliados”.