Segundo o presidente da Câmara do Comércio e Indústria angolana, Bráulio Dias dos Santos de Brito, o montante já foi disponibilizado pelo Governo de Londres, que aguarda pelos projectos que terão ainda de ser submetidos ao executivo de Luanda.
Falando à margem do 1.º Fórum das Câmaras de Comércio e Indústria de Angola, aberto pelo Presidente angolano, João Lourenço, o responsável referiu que, em 2018, o mesmo Fundo de Investimento britânico permitiu investimentos em Angola no valor de 400 milhões de dólares em projectos socioeconómicos.
Com o novo montante, segundo Bráulio de Brito, foi possível investir na reconstrução e reparação de hospitais nas províncias de Luanda e Cabinda, instalar uma central térmica na capital angolana e em projectos agrícolas.
"Encorajamos os empresários angolanos a utilizarem a linha de crédito disponível e seguirem com as orientações do Governo, para verem as suas propostas de projectos serem aprovados de forma célere", apelou.
Com mais de 40 membros, a Câmara de Comércio Angola/ Reino Unido, coorganizadora da iniciativa, vê neste primeiro Fórum um reforço na aproximação entre o Executivo e os empresários disponíveis para apoiar o desenvolvimento social e económico do país.
Braúlio de Brito disse que, em Angola, existem mecanismos de suporte para apoiar as iniciativas empresariais que estão a ser desenvolvidas quer por empresas nacionais, quer por empresas estrangeiras.
Já a Câmara de Negócios Angola/Espanha, com mais de 100 associados, está a procurar ajudar a atrair um maior número de investidores cujas cartas de intenções já ascendem a "vários milhões de kwanzas", de acordo com o seu presidente da associação, Nelson da Piedade Dias dos Santos, destacando projetos em setores como a agricultura, indústria, pescas, energia, recursos mineiras e transportes.
Por seu turno, a presidente da Câmara de Comércio Estados Unidos/Angola (USACC), Maria da Cruz, acredita que os dois países partilham interesses comuns no desenvolvimento do setor privado.
A USACC continua de igual modo, a apoiar a exportação de produtos de Angola para os Estados Unidos, via AGOA - a lei de oportunidades e crescimento em África - e outros mecanismos de financiamento.
Angola conta atualmente com nove câmaras de comércio e indústria, que integram empresários de países como China, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Itália, Índia, África do Sul, Hispano-Americana e República Democrática do Congo, e operam em várias áreas dos setores industrial, económico e social, com destaque para a indústria petrolífera e mineira.