O valor arrecadado pela Sonangol não acompanha o aumento no volume exportado em maio, que cresceu em 1,9 milhões de barris face ao mês de abril, ainda tendo em conta os relatórios mensais do Ministério das Finanças sobre arrecadação da receita fiscal petrolífera.
No mês anterior, a concessionária estatal angolana do setor petrolífero tinha garantido, em receitas fiscais, cerca de 93.176 milhões de kwanzas (494,6 milhões de euros).
A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), concessionária do setor petrolífero, está em processo de reestruturação, sendo liderada desde junho de 2017 pela empresária Isabel dos Santos.
A empresa pública atingiu em janeiro o melhor registo de receitas fiscais desde agosto de 2015, com 109.310 milhões de kwanzas (578 milhões de euros).
A Sonangol anunciou na segunda-feira que registou em 2016 um crescimento de 36%, resultado que traduz a quebra abrupta da tendência negativa registada nos dois últimos exercícios económicos da empresa.
Os resultados referentes à gestão da empresa em 2016 foram apresentados em conferência de imprensa pela presidente do conselho de administração da Sonangol, Isabel dos Santos, que manifestou satisfação relativamente ao desempenho da petrolífera, num ano em que a empresa "enfrentou um conjunto muito adverso tanto a nível nacional como internacional".
O valor de 525 mil milhões de kwanzas (2,7 mil milhões de euros) no EBITDA (resultado operacional isento de impostos e amortizações) e um resultado no exercício superior a 13 mil milhões de kwanzas (69 milhões de euros), em 2016, "refletem uma inversão da tendência de queda abrupta nos exercícios de dois anos anteriores, solidificando assim as bases da recuperação do grupo", disse Isabel dos Santos.
Em 2015, a Sonangol fechou o exercício com ativos de 6,346 mil milhões de kwanzas (33,6 mil milhões de euros) e um capital próprio de 2,529 mil milhões de kwanzas (13,4 mil milhões de euros), incluindo 47.168 milhões de kwanzas (250,3 milhões de euros) de resultados líquidos positivos.