Consultora Oxford Economics Africa prevê crescimento de 3% em Angola este ano

Post by: 27 Janeiro, 2022

A consultora Oxford Economics Africa considera que o crescimento de 0,8% em Angola no terceiro trimestre de 2021 mostra "os primeiros sinais de uma recuperação económica mais significativa" este ano, prevendo uma expansão de quase 3%.

"Os últimos números do PIB (Produto Interno Bruto), ainda que para 2021", são "os primeiros sinais de uma recuperação económica mais significativa que se está a criar em 2022", escrevem hoje os analistas num comentário ao crescimento económico de Angola no terceiro trimestre, divulgado na semana passada pelo Instituto Nacional de Estatística.

"Prevemos uma recuperação modesta na produção petrolífera deste ano, parando com o declínio constante desde 2015, e graças a esta recuperação na economia petrolífera, em conjunto com uma aceleração do PIB não petrolífero, prevemos que o PIB real cresça quase 3% em 2022, face a perto de 0% em 2021", apontam os analistas na nota enviada aos clientes, e a que a Lusa teve acesso.

As reformas económicas lançadas em 2017 "foram lentas e mascaradas pela crise da produção petrolífera e pelos efeitos da pandemia, mas são agora mais visíveis na divergência das taxas de crescimento entre o PIB petrolífero e não petrolífero", salientam os analistas.

A nota da Oxford Economics Africa surge poucos dias depois de a agência de notação financeira Fitch Ratings ter melhorado, na sexta-feira, o 'rating' de Angola para B-, com uma perspetiva de evolução estável, antevendo um expansão económica de 2,1% para este ano, depois de crescer 0,1% em 2021.

"Houve uma melhoria substancial nas métricas externa e orçamental, sustentadas por um regresso ao crescimento económico positivo, boa gestão fiscal e preços do petróleo mais elevado", escreveram então os analistas desta agência de notação financeira detida pelos mesmos donos da consultora Fitch Solutions.

O Governo de Angola antevê para 2021 o regresso ao crescimento económico, depois de cinco anos de recessão, e espera uma expansão da economia à volta dos 2,5%, este ano.

Artigos Relacionados

- --