Num comunicado, a instituição financeira aponta, entre as reformas, a remoção gradual dos subsídios aos combustíveis fósseis.
O empréstimo, conhecido pela sigla inglesa DPL, "apoia esta agenda e proporciona financiamento a Angola para ajudar a mitigar os impactos sociais, numa altura em que o aumento dos preços da gasolina em cerca de 87% está a causar dificuldades temporárias e um pico na inflação".
"Este financiamento ajudará a consolidar a agenda de reformas do governo e proporcionará o tão necessário apoio orçamental para reduzir os custos sociais a curto prazo da transição económica", segundo Juan Carlos Alvarez, representante do Banco Mundial para Angola, citado no mesmo documento.
O Banco Mundial sublinha que a dependência significativa de Angola do setor petrolífero expõe o país a choques externos e prejudica a economia não petrolífera, além dos custos significativos dos subsídios (cerca 3,1 mil milhões de dólares em subsídios em 2022) que mantêm os preços artificialmente baixos, impedindo mais investimentos capital humano e físico.
O financiamento do DPL apoia Angola em três áreas: medidas de redução das distorções económicas e reforço da resiliência do setor fiscal e financeiro de Angola, inclusão social e melhoria dos mercados e infraestruturas
Segundo o Banco Mundial, o programa de proteção social conhecido como Kwenda (transferências monetárias para famílias vulneráveis) ajudou a amortecer os choques económicos para mais de 600 mil agregados familiares nas zonas rurais de Angola, em maio de 2023, e espera-se que as políticas apoiadas pelo DPL expandam o programa para 1,6 milhões de agregados familiares em 2025.