O banco central angolano decidiu hoje manter a taxa básica de juro, conhecida como taxa BNA, em 19,5% e as taxas de juro de cedência de liquidez em 20,5% e de absorção de liquidez em 18,5%.
A taxa de inflação em Angola aumentou para 31,09% em julho, mais 18,97 pontos do que período homólogo de 2023, mas desacelerou em termos mensais, pela terceira vez consecutiva, indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O economista angolano Wilson Chimoco defendeu hoje uma posição “mais energética” do Banco Nacional de Angola (BNA) para conter o aumento de preços no país, onde a inflação atingiu 31%, admitindo que as atuais taxas diretoras devem manter-se.
A inflação em Angola acelerou em maio para 30,16%, o maior registo desde junho de 2017, altura em que se situava em 31,89%, registando um aumento de 2,49% em termos mensais, segundo dados oficiais.
O banco central angolano reviu hoje em alta a inflação para este ano apontando para 23,4%, sobretudo devido à subida de preços do gasóleo e dos transportes coletivos urbanos de passageiros, assim como pela “inércia inflacionária”.
O economista angolano Wilson Chimoco defendeu hoje uma intervenção do banco central para travar os “preços descontrolados” no país, considerando que o aumento populacional e a reduzida produção interna concorrem para acelerar a inflação em Angola.
O ministro de Estado e da Coordenação Económica, José de Lima Massano, rejeitou hoje que a inflação em Angola esteja descontrolada, admitindo que se venha a registar um abrandamento dos preços nos próximos meses.
O gabinete de estudos económicos do Banco Fomento Angola (BFA) considerou hoje que depois do terceiro aumento consecutivo dos preços em Angola, para 12,12%, em julho, a inflação vai continuar a subir.
Angola registou uma inflação de 12,12% em julho, o que representa um decréscimo de 9,28 pontos percentuais comparativamente à observada no período homólogo de 2022, revela o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN).
O Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) voltou em junho a seguir uma trajetória ascendente, acelerando 0,63 pontos percentuais para 11,25%, em termos homólogos, com os transportes e saúde a pesar mais no bolso dos angolanos.