Segundo o presidente da Federação Angolana da modalidade, Artur de Almeida e Silva, que falava neste sábado à Rádio 5, em Luanda, o combinado nacional estagia em Portugal com valores emprestados dada a necessidade de uma preparação condígna.
Explicou que os patrocinadores da FAF (citou a UNITEL) comunicaram desistência pelo que o recurso tem sido o empréstimo, anunciando a necessidade de 600/700 milhões de kwanzas para o CAN e Campeonato do Mundo de Sub-17, em Outubro próximo, no Brasil.
Artur de Almeida acha que se devia fazer um esforço para proporcionar ao conjunto maior conforto, tratando-se de algo anormal as dificuldades existentes, por o orçamento da instituição ter sido entregue ao ministério de tutela em tempo útil.
No mesmo momento, a Ministra da Juventude e Desportos, Ana Paula do Sacramento Neto, afirmou que o normal seria a Federação explicar porquê fez deslocar a selecção para Portugal sem estarem oficilmente criadas todas as condições financeiras.
Recordou que o país está em díficuldade económica pelo que as federações têm sido esclarecidas sobre a não execução, ainda, do Orçamento Geral do Estado para 2019, aconselhando-se o recurso à patrocinadores até que a situação se regularize.
Reconheceu o valor social do futebol, mas argumentou que o país tem, também, prioridades no domínio da saúde, da educação, além de casos muito urgentes como o da seca na província do Cunene.
“A programação está feita. O CAN é importante e vamos aguardar mais um pouco porque temos de estar lá (no Egipto) dia 21 para competirmos”, disse a antiga andebolista da selecção nacional.
Na prova continental, Angola está enquadrada no grupo E juntamente com a Tunísia, Mauritânia e Mali.
Esta série joga na cidade de Suez e em um estádio multiusos com o mesmo nome, construído em 1990, com capacidade para 27 mil espectadores.