A informação foi transmitida hoje pelo diretor para o investimento social da Cabinda Gulf Oil Company (Cabgoc), unidade operacional da Chevron em Angola, Cláudio Lopes, no final de uma visita de jornalistas à sede da empresa, em Luanda.
Nos últimos dias, surgiram localmente notícias, entretanto desmentidas pelo Governo angolano, sobre a possibilidade de a Chevron abandonar a produção de petróleo em Angola.
Segundo Cláudio Lopes, o compromisso da Chevron com Angola "é sério" e a multinacional pretende "continuar a colaborar com o Governo de Angola e com todos atores sociais e de investimento para garantir e ajudar a criar prosperidade para o país".
"A nível do setor social tivemos no ano passado um investimento acima dos cinco milhões de dólares, repartido entre fundos próprios e em parcerias. Para 2018, estimamos investir entre sete e oito milhões de dólares, nos três pilares em que estamos focados", disse.
Há 65 anos a operar em Angola, com presença no mercado energético e operações em águas profundas, produção convencional de petróleo, gás e gás liquefeito em Cabinda e Luanda, Cláudio Lopes referiu que a operação da Chevron no país "é estável".
"E dentro dos padrões que são os nossos compromissos. A indústria petrolífera é bastante complexa e estamos a tentar criar mecanismos para tentar sobrevir em qualquer ambiente económico, estando o preço do barril de petróleo em alta ou baixa", sustentou.
Durante a apresentação de um estudo do impacto económico da Chevron em Angola, o diretor para o Investimento Social da empresa fez saber também que os programas de investimento social beneficiaram já cerca de 200.000 famílias em Cabinda e Luanda, áreas de atuação da petrolífera.
Acrescentou que a Chevron gerou quase 79.000 empregos entre 2010 e 2016, adiantando também que a contribuição anual da petrolífera para o Produto Interno Bruto angolano, através da exploração dos blocos 0 e 14, na província angolana de Cabinda, é de 6.200 milhões de dólares (5.000 milhões de euros).
"Para além desta contribuição direta, geramos para os cofres do Estado angolano uma média anual de quase 2,6 mil milhões de dólares [2.100 milhões de euros] e a nível dos fornecedores geramos cerca de 2.000 milhões de dólares [1.620 milhões de euros], entre operações, serviços de apoio e demais serviços", acrescentou.
A visita de jornalistas angolanos e estrangeiros à sede da Chevron em Luanda foi promovida pelo Centro de Imprensa Aníbal de Melo.