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Angola sai da recessão de 2,4% em 2018 e cresce 1,2% este ano

Post by: 20 February, 2019

A consultora FocusEconomics desceu hoje ligeiramente a previsão de crescimento económico para Angola, que deverá ter uma expansão do PIB de 1,2% este ano, seguindo-se a uma recessão de 2,4% em 2018.

"A economia parece ter ficado presa na recessão no último trimestre do ano passado, que se segue a um desapontante terceiro trimestre, que marcou o quarto trimestre consecutivo de contração", escrevem os analistas desta consultora com sede em Barcelona.

No relatório deste mês sobre as principais economias africanas, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas revelam uma descida das previsões de crescimento para Angola, este ano, antevendo uma expansão do PIB de 1,2%, que contraste com os 1,3% esperados no mês passado, 1,9% em dezembro e os 2,3% que os analistas previam para Angola, em novembro.

"O importante setor petrolífero continuou a desapontar no último trimestre do ano passado, quando a descida dos preços do petróleo anulou qualquer ganho da produção ligeiramente maior face ao trimestre anterior", vincam os analistas.

Além disso, acrescentam, "o índice da atividade económica continuou a deteriorar-se de outubro a dezembro, apontando para a segunda maior recessão em quase três anos em novembro, principalmente devido à pobre produção da indústria petrolífera".

No relatório, os analistas consideram que a intenção de Angola regressar às emissões de dívida internacionais nos próximos meses, com uma emissão a 10 anos, "pode mostrar-se desafiante", principalmente devido à recente descida da Perspetiva de Evolução da economia por parte da Standard & Poor`s, que desceu a previsão de Estável para Negativa, curiosamente em sentido inverso à opinião mostrada pela Moody`s, que melhorou o `Outlook` de Negativo para Estável.

Para este ano, "os analistas da FocusEconomics veem o crescimento a recuperar; inflação a moderar-se, um ambiente mais acomodatício na política monetária e um kwanza mais estável devem sustentar o consumo privado, enquanto as reformas em curso, apoiadas pelo Fundo Monetário Internacional, devem potenciar o crescimento do investimento e da atividade económica este ano".

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