Em declarações aos jornalistas, Manuel Pedro, diretor do Departamento de Intercâmbio do Ministério das Finanças angolano, indicou que a equipa técnica do AFRITAC South constitui o "braço direito" do FMI vocacionado para a formação e assistência técnica nos 16 países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), focada nas áreas macroeconómicas e formação de pessoal da administração pública para que os países possam reestruturar as respetivas economias.
"O bom que este encontro pode trazer para Angola é que o país está neste momento a atravessar grandes desafios macroeconómicos e uma instituição como esta, que tem muita experiência, trazendo mais conhecimento para os nossos quadros, que podem apoiar na reestruturação das nossas administrações nas áreas fiscal, monetária e cambial", afirmou.
"Estamos diante de uma grande oportunidade para podermos capacitar os nossos técnicos e melhorar os nossos processos", acrescentou.
A reunião do Comité de Pilotagem dos Centros Regionais de Formação e Assistência Técnica do FMI surge na sequência das relações de parceria existentes entre a instituição financeira internacional na área da assistência técnica e de formação, através do AFRITAC South (AFS) e do African Training Institute (ATI).
Na ação de formação, que se prolonga até sexta-feira numa unidade hoteleira de Luanda, os participantes vão discutir e analisar diversos temas como a formação da ATI à luz das prioridades de desenvolvimento de capacidade na África Subsaariana e a implementação do programa de trabalho para 2019.
Como "prioridades emergentes" estão a governação, as mudanças climáticas e questões relacionadas com o género, bem como orçamentos e captação de recursos.
O programa prevê também a análise dos desafios macroeconómicos e capacidade de desenvolvimento estratégico do AFS para a Fase II, o novo quadro de gestão baseado nos resultados do FMI e os desafios da sua implementação.
Os centros regionais de assistência técnica (AFS) e da ATI são um esforço de colaboração entre o FMI e vários doadores bilaterais e multilaterais, com o objetivo de prestar assessoria técnica nas áreas macroeconómicas e de gestão financeira para países da região da África Subsaariana.
Com sede em Ebene, nas Maurícias, o centro fornece atualmente assistência técnica e formação à África do Sul, Angola, Botsuana, Comores, Lesoto, Madagáscar, Maurícias, Moçambique, Seychelles, Suazilândia, Zâmbia e Zimbabué.
Angola apresenta-se como principal candidata à presidência da organização em 2019, decisão que será analisada no segundo semestre deste ano.