"Estivemos a discutir com o FMI a aferição desses números. Estamos no início do segundo trimestre, período em que esses dados são tornados definitivos, mas será entre 0,6 e 0,1%", disse o ministro.
O responsável, que está em Washington para participar nas reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, disse ainda que o défice orçamental do último ano ficará entre os 3,6 e os 4%.
"É o número que se tem estado a encaixar entre as contas fiscais apuradas pelo tesouro nacional e pelo FMI, não há grande disparidade", disse.
O governante atribui o fraco crescimento à ausência de investimento público causada pela crise petrolífera.
"Entre 2014 e 2016, o país praticamente não realizou investimentos. A atividade produtiva paralisou. A economia petrolífera teve uma crise, não só devido ao preço [do barril de petróleo], mas também devido a problemas na sua produção, e Angola ainda tem uma economia muito dependente da sua economia petrolífera", explicou Archer Mangueira.
O Governo angolano prevê, no entanto, uma acentuada subida do crescimento para este ano. O executivo prevê que a economia cresça 2,1% em 2017, apesar de o FMI prever um aumento de apenas 1,2%.
O ministro disse que "à medida que a situação no país foi melhorando houve uma maior sensibilidade dos mercados e uma maior captação de recursos de poupança externa para realizar investimentos" que explicam este crescimento.
"Há um conjunto de projetos que já estão em execução, desde o último trimestre de 2016, e que vão prosseguir em 2017. São investimentos bastante significativos, em termos nominais e reais, que vão impulsionar o desenvolvimento e justificar a avaliação do setor real da economia", garantiu o ministro.
Segundo o responsável, os investimentos serão feitos no setor da energia, das águas, agricultura, estradas, e comunicações.
LUSA