O governante disse que a previsão é construir mais de um milhão de ligações domiciliares para atender às zonas da cidade, com destaque para o Sul e Norte, assim como o Zango e as áreas onde as pessoas não têm ainda ligações domiciliares.
Os projectos Bita e o Quilonga são os dois grandes planos que vão compensar o défice de abastecimento de água que a capital do país enfrenta actualmente, segundo João Baptista Borges, que falava à imprensa, à margem do Fórum Nacional de Água e Saneamento (FONAS).
Estimando, o responsável disse que se Luanda tem 10 milhões de habitantes pelo menos seis milhões compram água de cisterna, mas pretende-se eliminar esse sistema, construindo os projectos Quilonga e Bita – sendo o primeiro com 500 mil metros cúbicos de água/dia para cinco milhões de habitantes e o segundo com 250 mil metros cúbicos/dia para 2.5 milhões. “Este vai ser o grande investimento a realizar”, concluiu.
“Felizmente, o projecto Bita acaba de ver iniciado o seu desenvolvimento e construção. Prevemos que até 2026 possa estar já em operacionalização, e o projecto Quilonga um pouco mais tarde”, afirmou.
Declarou que Luanda vai ser a prioridade do Governo em termos de abastecimento de água, mas realçou, por outro lado, haver outros projectos que neste momento estão em fase final de conclusão em outras capitais provinciais como Malanje e Cabinda, tendo esta última beneficiado já de um projecto em funcionamento.
“Há necessidade de estender ainda em grande parte das capitais de províncias do país onde a cidade cresceu e não há, neste momento, rede domiciliar que atende a todas as pessoas. Esse é outro esforço”, enfatizou.
Segundo o ministro, dos mais de 10 milhões de habitantes que Luanda tem, apenas quatro milhões têm acesso à água canalizada.
Destacou também o programa de combate à seca, que tem merecido atenção especial do titular do poder Executivo, num programa que integra três províncias, Cunene, Namibe e Huíla.
O governante disse que há grandes esforços que estão a ser feitos pelo Executivo na construção de novos sistemas de abastecimento e tratamento de água, nas capitais de províncias e sedes municipais.
Em seu entender, o saneamento requer também investimento, capital para se construir sistemas e um esforço grande que tem a ver com a sustentabilidade, garantia de funcionamento dos sistemas de pagamento.
João Baptista Borges deu essa informação ã margem do Fórum Nacional de Água e Saneamento (FONAS) realizado hoje em Luanda, a propósito do Dia Mundial da Água (22 de Março).