"Com planos de aumentar a quota do gás natural na sua matriz energética para 25% até 2025, Angola está a promover investimentos em grandes empreendimentos de gás associado (que se encontra juntamente com o petróleo em reservatórios geológicos) e não associado", refere uma publicação da responsabilidade da Angola Oil & Gas 2024, o maior evento do país ligado ao petróleo e ao gás.
Angola é um grande exportador de GNL (gás natural liquefeito) e o mercado do gás angolano oferece hoje oportunidades lucrativas nos setores do GPL (mistura de gases condensáveis), do gás para a energia e da distribuição, lê-se no boletim informativo de setembro, a que a Lusa teve hoje acesso, sobre a conferência agendada para os dias 03 e 04 de outubro, em Luanda.
O primeiro projeto angolano de gás não associado -- que inclui duas plataformas de poços, uma fábrica de processamento de gás em terra e uma ligação à única instalação de GNL do país nos campos de Quiluma e Maboqueiro (Q&M) -- está próximo de atingir a primeira produção em 2026, adianta.
Além dos campos Q&M, Angola está a impulsionar outros projetos de hidrocarbonetos, criando oportunidades para aumentar a matéria-prima para a Angola GNL, nomeadamente com os projetos Sanha Lean Gás Conenection (sistema de gasoduto submarino 'offshore' localizado na costa angolana) que deverá iniciar produção em finais de 2024 e mais dois outros, refere-se na "newsletter".
As exportações do gás angolano no segundo trimestre de 2024 totalizaram um milhão de toneladas métricas, dos quais 82,45% representou o GNL, totalizando o valor de 566,84 milhões de dólares (521 milhões de euros) do volume exportado, segundo dados oficiais.
Desafios, oportunidades, investimentos, acordos e inovações na indústria do petróleo e gás angolano estarão em abordagem nesta conferência AOG 2024, promovida pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás angolano com as agências do setor e da Câmara Africana de Africana de Energia.