"Apesar de uma melhoria nos preços do petróleo e uma recuperação geral na economina angolana em 2017, o setor bancário do país tem, ainda assim, lutado para manter níveis positivos de crescimento, com o total de ativos a aumentar apenas 2,7% em julho, a taxa mais baixa de que temos registo", diz a BMI.
Numa nota sobre o setor bancário em Angola, enviada hoje aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas dizem que os banco angolanos vão recuperar da crise em 2018, mas o clima de baixo crescimento económico e constrangimentos de liquidez vai manter-se, expondo a vulnerabilidade da banca ao setor petrolífero.
"Apesar de esperarmos que os próximos dados mostrem que esta tendência continua durante boa parte do segundo semestre deste ano, esperamos uma perspetiva mais positiva para o setor petrolífero em 2018, o que vai facilitar uma recuperação suave em 2018, com os ativos a crescerem 9,8% no final do próximo ano, segundo a nossa previsão", acrescentam os analistas.
"Os bancos comerciais em Angola vão continuar em dificuldades devido ao clima de baixo crescimento económico e constrangimentos de liquidez, mas o aumento da produção de petróleo e a reestruturação de alguns bancos estatais vão possibilitar alguma recuperação em 2018", diz esta consultora britânica.
Apesar disso, "o setor permanece vulnerável dada a grande dependência da indústria petrolífera em fase descendente".
As dificuldades da banca em Angola manifestam-se "na forma de pouca procura de crédito, fraca qualidade dos ativos e uma falta de liquidez de dólares nos próximos trimestres", acrescentam os analistas.