Discursando na abertura da campanha agrícola 2017/2018, o estadista apelou aos intervenientes do sector agrícola para a criação de estratégia e políticas que estimulem a produção em grande escala, para a segurança alimentar.
Realçou que é necessário trabalhar mais e melhor, para tirar maior rendimento do que se produz no país, de modo que haja excedente para a exportação, pois o campo é a garantia da alimentação dos angolanos.
“Vamos fazer tudo que está ao nosso alcance para não importar alimentos, porque temos capacidade de produzir comida, temos de ser nos a produzir a comida que precisamos, bem como exportar e angariar divisas com o excedente”, asseverou o estadista perante milhares de populares.
Na sua alocução, alertou que é chegada a hora de semear para depois colher, arregaçar as mangas para tirar maior proveito daquilo que a terra pode dar.
Reconheceu que o povo angolano já produz bastante bens alimentares, sendo crucial o seu incremento para que haja excedente. “Queremos atingir a saturação”.
Encorajou aqueles que no meio de dificuldades, escassez de sementes, adubo e de instrumentos de trabalho não cruzaram os braços e continuam a produzir alimentos.
O estadista lembrou, por outro lado, que a diversificação económica que se persegue deve ver o sector agrícola como o primeiro sinal, para a sua efectivação.
Realçou que só haverá sucesso se, para além de desenvolver outros ramos da economia, os angolanos forem capazes de promover o crescimento daquilo que é fundamental na diversificação, a agropecuária.
Nesta perspectiva, defendeu, de modo particular, o aumento da produção de cereais como milho, soja, feijão, entre outros, para alavancar também a pecuária, por intermédio da auto-suficiência alimentar para o gado.
João Lourenço chamou a atenção para se alterar o conceito, segundo o qual apenas algumas províncias do país são potencialmente agrícolas, pois as 18 são vocacionadas para agricultura.
Com os investimentos que se impõem, todas as regiões do país podem ser potências agrícolas, frisou.