O Secretário para a Comunicação e Imagem, começa por se referir à falta de condições políticas para a realização das eleições, dando o exemplo do candidato do MPLA e atual ministro da Defesa, João Lourenço. Acusa-o de utilizar os meios públicos, como aviões da força aérea, para se deslocar de Luanda para as províncias e destaca os comboios, autocarros e as mais altas figuras do Estado, que se encontram envolvidas de corpo e alma na preparação de atos de massas de João Lourenço.
Mas para Lourenço Bento, o mais grave nesta matéria é a forma como os meios de comunicação social andam atrelados ao MPLA, como se de sua exclusiva propriedade se tratasse. A ética está completa e totalmente ausente, e sublinha que o candidato do MPLA beneficia de tempos de antena na TPA e na Rádio Nacional de mais de meia hora e com várias sessões de reposição. Esta discrepância faz com que, reforça o Secretário da UNITA, não exista a mesma liberdade para todos usufruírem dos bens públicos.
Lourenço Bento adiciona ainda outros fatores que integram os “ingredientes da derrota do MPLA”: os 42 anos de governação falida, em que o governo do MPLA não conseguiu dar soluções aos problemas mais básicos das populações, como por exemplo, refere a como a questão das estradas, a promessa de um milhão de fogos habitacionais, que vem de 2008, reiterada em 2012, não passou de promessa.
Por fim, acrescenta a greve dos professores, dos funcionários da Procuradoria-Geral da República e dos pensionistas da Caixa de Segurança Social das FAA, que reclamam a reposição dos seus direitos na ordem dos 48 biliões de Kwanzas desviados há oito anos. Segundo o secretário da UNITA, estes fatores explicam bem o cenário de rejeição do MPLA e da sua liderança.