A formalização da candidatura às eleições de agosto, nove dias antes do fim do período estipulado pelo Tribunal Constitucional, foi justificado com a necessidade de se realizar a reunião do Conselho Deliberativo Nacional.
"Nós tínhamos um cronograma de ação que apontava para o dia 15, mas (antecipamos porque) fomos pressionados pela sociedade", referiu Cesinanda Xavier, uma das seis vice-presidentes da coligação liderada por Abel Chivukuvuku, o cabeça-de-lista candidato à Presidente da República.
Aquela dirigente política frisou que nestas eleições "o poder é a meta" da coligação, que nas eleições de 2012, as primeiras em que participou, elegeu oito deputados à Assembleia Nacional, obtendo 6% dos votos válidos.
Cesinanda Xavier disse que a CASA-CE, parte para estas eleições mais reforçada com a integração de duas novas forças políticas - Bloco Democrático (BD) e Partido Democrático para o Progresso e Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA).
"Não é que estivéssemos fragilizados, mas quantos mais partidos se coligarem melhor, porque vão satisfazer os anseios da população", disse.
Na reunião ordinária do Conselho Deliberativo Nacional foi aprovada a adesão do BD e PDP-ANA, que se juntam ao Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), Partido Pacífico Angolano (PPA) e PAADA - Aliança Patriótica.
Com a formalização hoje da CASA-CE, resta apenas apresentar a sua candidatura ao Tribunal Constitucional o Partido de Renovação Social (PRS).
Além de Abel Chivukuvuku, pela CASA-CE, foram já divulgados os nomes de João Lourenço, cabeça-de-lista do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Isaías Samakuva, pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Lucas Ngonda, pela Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Quintino Moreira, pela Aliança Patriótica Nacional (APN).
A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).
O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação de partidos mais votado é automaticamente eleito Presidente da República e chefe do executivo, conforme define a Constituição, moldes em que já decorreram as eleições de 2012.
Angola contará com 9.317.294 de eleitores no pleito eleitoral de agosto, segundo dados oficiais que o Ministério da Administração do Território entregou à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana.