Esta posição faz parte de uma mensagem de felicitação que a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) endereçou hoje à Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), pelos 57 anos de início da luta armada no país.

O porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, refere na mensagem que foi a 15 de março de 1961, que a UPA (União das Populações de Angola) realizou ataques armados no norte do país, que "fizeram estremecer o regime colonial português".

Segundo a UNITA, com estes ataques da UPA iniciava-se em Angola a luta armada revolucionária, tendo-se a notícia espalhado "rapidamente pelos quatro cantos do país e do mundo".

"A direção da UNITA aproveita a oportunidade para render uma profunda e singela homenagem a todos os guerrilheiros da UPA, incluindo Holden Roberto (líder fundador da FNLA), que participaram destas ações e aos que deram a sua vida nesse dia pela causa da independência e da liberdade", disse.

Alcides Sakala sublinhou que "depois de mais de cinco décadas do início da luta armada é necessário definir-se hoje uma data nacional de consenso entre os três movimentos de libertação, hoje partidos políticos, com assento parlamentar, que simbolize o início da luta armada em Angola".

A definição de uma data de consenso comum, argumentou, servirá para que "esta data seja celebrada com o sentido de Estado e de história e com a dignidade nacional que se lhe merece, para se honrar a memória de todos os angolanos da UPA, FNLA, do MPLA e da UNITA, que deram a sua vida por Angola".

A data de 4 fevereiro é oficialmente comemorada em Angola, como o início da luta armada, quando um grupo de nacionalistas desencadeou um ataque à Cadeia de São Paulo e à Casa de Reclusão, em Luanda, dando início ao processo de independência do país, alcançada a 11 de novembro de 1975.

No entanto, esta data não é reconhecida pelos restantes movimentos de libertação de Angola - UNITA e FNLA.