O projeto de lei do OGE foi aprovado com 124 votos a favor do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido maioritário, e 57 abstenções da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) e do Partido de Renovação Social (PRS).
O ministro de Estado para o Desenvolvimento Económico e Social de Angola, Manuel Nunes Júnior, referiu, quando procedia à leitura da mensagem do Presidente angolano à Assembleia Nacional sobre o OGE, que o aumento relativo do documento comparativamente a 2018 resulta do esforço de consolidação das contas públicas.
Manuel Nunes Júnior destacou ainda que a proposta de OGE para 2019 prevê um saldo orçamental global positivo de 1,45% do Produto Interno Bruto (PIB), cumprindo com o objetivo de gerar excedentes para a redução dos níveis de endividamento do Estado, assim como dos respetivos juros.
"Temos consciência de que a redução do atual ‘stock’ da dívida exigirá ainda ‘superavits' contínuos nos orçamentos do país nos próximos anos, de modo a garantir a continuidade do processo de consolidação fiscal em curso", disse o ministro.
Segundo o governante angolano, com este excedente fiscal haverá uma redução de cerca de 16% das necessidades brutas de financiamento.