A campanha vai envolver, para além de militantes do partido no poder em Angola, outros actores políticos do país, membros da sociedade civil, de instituições religiosas e população em geral, informou esta quarta-feira, em conferência de imprensa, o porta-voz do partido, Paulo Pombolo.
Segundo Paulo Pombolo, que também é o secretário para a Informação do MPLA, a campanha visa, fundamentalmente, promover um processo de educação dos cidadãos, para prevenir futuros casos de corrupção no país.
Para essa campanha, o secretariado do Bureau Político (BP) do MPLA aprovou, como lema central, “Combater a Corrupção, o Nepotismo, a Bajulação e a Impunidade é garantir um futuro melhor e o bem-estar das famílias angolanas”.
Na sua intervenção, o dirigente partidário ressaltou a necessidade de um combate cerrado à esses males “que prejudicam a imagem do país e a economia, e criam dificuldades para as famílias”.
Paulo Pombolo disse ser necessário resgatar os valores morais, cívicos e éticos que a sociedade angolana foi perdendo durante os últimos anos.
Para o acto oficial de lançamento da campanha, foram programadas palestras sobre o papel da família e das organizações da sociedade civil e dos órgãos da administração da Justiça no combate à corrupção, bem como sobre a experiência internacional de combate à corrupção e ao branqueamento de capitais.
O porta-voz do MPLA considerou fundamental a participação da sociedade civil nessa campanha, “já que por via das organizações da sociedade civil, a mensagem poderá chegar a outros cidadãos que não são militantes do nosso partido”.
A par disso, o secretariado do BP do MPLA promove, a partir desta quinta-feira, na cidade do Lubango, província da Huíla, dois actos políticos de massas, com a intervenção da vice-Presidente do Partido, Luísa Damião.
Os actos políticos de massas enquadram-se no lançamento do processo de renovação de mandatos das organizações de base, em todo o país, bem como na aproximação dos órgãos de direcção às estruturas de base do partido. O programa terá sequência noutras regiões do país.
O Presidente do Partido tem orientado, insistentemente, sobre a necessidade de o MPLA se inserir no seio da população. "É, em função dessas orientações, que o secretariado do BP está a desencadear este programa, que inicia hoje (quarta-feira), com a ida do Secretário-Geral do MPLA à Huíla e, quinta-feira, a delegação da vice-Presidente do MPLA", adiantou o porta-voz.
Mais 135 membros para o Comité Central
Refira-se que o MPLA realiza, a 15 de Junho do corrente ano, o seu VII Congresso Extraordinário, no qual serão eleitos mais 135 membros para o Comité Central, que se juntarão aos actuais 363, fruto do alargamento desse órgão, aprovado a 25 de Março deste ano pelo Bureau Político e ratificada pelo Comité Central no dia 29 do mesmo mês.
Segundo Paulo Pombolo, 80 por cento dos militantes que ingressarão, pela primeira vez, no Comité Central serão jovens.