O 14 de Fevereiro é a data em que, em 1968, morreu em combate o comandante Hoji-ya-Henda, membro do MPLA, durante o assalto ao quartel de Karipande, província do Moxico, quando tinha 27 anos. Em sua memória, não só o partido passou a comemorar a data como dia da juventude angolana, como Hoji-ya-Henda passou a patrono da JMPLA, braço juvenil do MPLA.
E como a figura do Hoji-Ya-Henda não reúne consenso, a juventude ligada à oposição tem preferido demacar-se dos festejos de 14 de Abril, defendendo outra data que seja consensual.
O secretário-geral da Juventude Unida e Revolucionária de Angola (JURA), braço Juvenil da UNITA, Agostinho Kamuango, e o secretário nacional da FNLA, Kiaku Kiala, bem como Nel Miguel, da juventude da CASA-CE, confirmam ao Vanguarda a sua recusa.
O primeiro garantiu ter recebido convite do Conselho Nacional da Juventude, mas declinou-o, tal como o segundo, que garantiu ter recebido um convite “via telefone”, mas declinou-o. A mesma postura teve o responsável da juventude da CASA-CE, alegando que “não podemos festejar a data do patrono dos outros”.
A data foi encontrada através de uma votação, promovida pelo Conselho Nacional da Juventude (CNJ), em Cabinda, mas já na altura a oposição recusou-se a fazer parte da mesma por discordar da figura de Hoji-ya-Henda.
Durante o acto central, antecipado no dia 13, Ana Paula Sacramento Neto reiterou a vontade de o Executivo resolver os problemas da juventude, lembrando o ante-projecto sobre a política juvenil do País.
“o Governo tem elaborado políticas concretas para atender às preocupações da juventude”, lembrou a responsável urante o acto festejado sob lema “juventude empoderada desenvolvimento sustentável garantido”. VANGUARDA