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Depois do enterro de Jonas Savimbi, UNITA quer recuperar os restos mortais de outros dirigentes históricos

Post by: 28 May, 2019

Depois das exéquias fúnebres de Jonas Malheiro Savimbi, que hoje terá os seus restos mortais velados na capital do Bié, Kuito, antes de seguir para Lopitanga, a sua terra natal, onde será definitivamente sepultado no dia 01 de Junho, a UNITA vai focar as suas atenções na recuperação dos restos mortais dos dirigentes históricos que ainda estão sob responsabilidade do Governo.

Quando os restos mortais de Savimbi descerem à terra no pequeno cemitério de Lopitana, no Bié, o partido do "Galo Negro", disse ao NJOnline o seu vice-presidente, Raúl Danda, vai centrar as suas atenções na recuperação dos restos mortais do ex-secretário-geral, Mango Alicerce Mango, , Jeremias Chitunda, vice-presidente, de Salupeto Pena, chefe da delegação da UNITA na Comissão Conjunta, e de Eliseu Chimbili, que foi o coordenador do "Galo Negro" em Luanda (todos na fotografia, respectivamente, da esquerda para a direita).

"Estamos convictos de que a boa vontade demostrada pelo actual Governo em autorizar o enterro do líder fundador da UNITA, Jonas Savimbi, também vai ocorrer com os nossos quadros mortos em 1992 e que, até aqui, os seus restos mortais obtiveram as devidas cerimónias fúnebres", afirmou Raúl Danda.

O vice-presidente do "Galo Negro" disse também que continuarão a trabalhar para clarificar a situação de um dos vice-presidentes da UNITA, António Dembo, também falecido no leste de Angola e que até aqui se desconhece o local onde foi enterrado.

Segundo apurou o NJOline, o Governo e a UNITA têm vindo a divergir quanto à localização e recuperação das ossadas do general António Sebastião Dembo, que, à data da sua morte, se encontrava no leste de Angola onde exercia as funções de vice-Presidente do partido.

Dembo morreu no dia 25 de Fevereiro, dois dias depois de Jonas Savimbi ter sido emboscado pelas FAA, a 22 de Fevereiro de 2002, no leste de Angola.

Recorde-se que a 01 de Novembro de 1992, o vice-presidente da UNITA, Jeremias Kalandula Chitunda, o Secretário-geral do Partido, Mango Alicerces, o Chefe da Delegação da UNITA na Comissão Conjunta entre o Governo e a UNITA, Salupeto Pena, e o brigadeiro Eliseu Sapitango Chimbili, Chefe dos Serviços Administrativos da UNITA em Luanda, foram mortos na sequência da rejeição pela UNITA dos resultados das eleições gerais.

Jeremias Chitunda e Salupeto Pena foram assassinados na área do antigo mercado de Roque Santeiro, no Sambizanga, enquanto o Brigadeiro Chimbili foi morto a tiro atrás das instalações da Agência Angola Press (ANGOP) e da Embaixada da Zâmbia, na rua Rei Katiavala.

O corpo de Mango Alicerces nunca foi apresentado. NJ

Last modified on Tuesday, 28 May 2019 16:49
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