Quando os restos mortais de Savimbi descerem à terra no pequeno cemitério de Lopitana, no Bié, o partido do "Galo Negro", disse ao NJOnline o seu vice-presidente, Raúl Danda, vai centrar as suas atenções na recuperação dos restos mortais do ex-secretário-geral, Mango Alicerce Mango, , Jeremias Chitunda, vice-presidente, de Salupeto Pena, chefe da delegação da UNITA na Comissão Conjunta, e de Eliseu Chimbili, que foi o coordenador do "Galo Negro" em Luanda (todos na fotografia, respectivamente, da esquerda para a direita).
"Estamos convictos de que a boa vontade demostrada pelo actual Governo em autorizar o enterro do líder fundador da UNITA, Jonas Savimbi, também vai ocorrer com os nossos quadros mortos em 1992 e que, até aqui, os seus restos mortais obtiveram as devidas cerimónias fúnebres", afirmou Raúl Danda.
O vice-presidente do "Galo Negro" disse também que continuarão a trabalhar para clarificar a situação de um dos vice-presidentes da UNITA, António Dembo, também falecido no leste de Angola e que até aqui se desconhece o local onde foi enterrado.
Segundo apurou o NJOline, o Governo e a UNITA têm vindo a divergir quanto à localização e recuperação das ossadas do general António Sebastião Dembo, que, à data da sua morte, se encontrava no leste de Angola onde exercia as funções de vice-Presidente do partido.
Dembo morreu no dia 25 de Fevereiro, dois dias depois de Jonas Savimbi ter sido emboscado pelas FAA, a 22 de Fevereiro de 2002, no leste de Angola.
Recorde-se que a 01 de Novembro de 1992, o vice-presidente da UNITA, Jeremias Kalandula Chitunda, o Secretário-geral do Partido, Mango Alicerces, o Chefe da Delegação da UNITA na Comissão Conjunta entre o Governo e a UNITA, Salupeto Pena, e o brigadeiro Eliseu Sapitango Chimbili, Chefe dos Serviços Administrativos da UNITA em Luanda, foram mortos na sequência da rejeição pela UNITA dos resultados das eleições gerais.
Jeremias Chitunda e Salupeto Pena foram assassinados na área do antigo mercado de Roque Santeiro, no Sambizanga, enquanto o Brigadeiro Chimbili foi morto a tiro atrás das instalações da Agência Angola Press (ANGOP) e da Embaixada da Zâmbia, na rua Rei Katiavala.
O corpo de Mango Alicerces nunca foi apresentado. NJ