“A formação contínua dos efetivos, assim como a melhoria das condições de aquartelamento das tropas e dos seus salários, é algo a que nos dedicaremos logo nos primeiros dias da entrada em funcionamento do executivo”, disse João Lourenço no discurso de posse, hoje em Luanda.
Perante uma multidão concentrada para assistir à sua cerimónia de posse, o chefe de Estado defendeu que a defesa da integridade territorial, da soberania e da ordem pública interna “é sagrada para um país como Angola, que viveu décadas de conflito armado, alcançou a paz e a estabilidade há vinte anos e pretende preservá-las a todo custo”.
“Encontraremos as melhores soluções de financiamento para o reequipamento e modernização das Forças Armadas Angolanas, para as colocar ao nível do prestígio granjeado ao longo dos tempos”, disse João Lourenço.
Reeleito com 51,17% dos votos, numa eleição contestada judicialmente pela oposição, mas entretanto validada pelo Tribunal Constitucional, João Lourenço tomou hoje posse como Presidente de Angola para um segundo mandato de cinco anos.
Durante a cerimónia, foi também empossada a nova vice-Presidente de Angola, Esperança Costa, tornando-se a primeira mulher no país a ocupar esse cargo.
O Tribunal Constitucional (TC) proclamou o MPLA e o seu candidato, João Lourenço, como vencedores com 51,17% dos votos, seguido da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) com 43,95%, tendo chumbado o recurso de contencioso eleitoral do principal partido da oposição.
Com estes resultados, o MPLA elegeu 124 deputados e a UNITA, que contesta os resultados e recorreu ao chumbo do TC e interpôs, na terça-feira, recurso de inconstitucionalidade, elegeu 90 deputados, quase o dobro das eleições de 2017.
Em face dos resultados eleitorais, o MPLA deve indicar igualmente dois vice-presidentes e dois secretários de mesa da Assembleia Nacional e na mesma proporção o partido UNITA.
O Partido de Renovação Social (PRS), a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e o estreante Partido Humanista de Angola (PHA) elegerem dois deputados cada.
A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), a Aliança Patriótica Nacional (APN) e o P-Njango não obtiveram assentos na Assembleia Nacional, que na legislatura 2022-2027 vai contar com 220 deputados.