O acto visou, essencialmente, demonstrar a solidariedade do partido para com as mulheres queimadas há 40 anos, na localidade da Jamba, antigo "quartel-general" da UNITA.
Ao intervir na cerimónia, a presidente do PHA, Belas Malaquias, disse que o respeito pelos mortos é um dever fundamental e condição prévia para a paz e reconciliação.
Segundo a também deputada à Assembleia Nacional, pretendeu-se igualmente com a homenagem "reconstruir" as relações quebradas e encontrar formas que permitam aos indivíduos e às comunidade viver irmanados.
"Para haver perdão, deve haver a expressão de remorso e de arrependimento, além da disponibilidade para acolher as vítimas”, referiu, tendo sublinhado que a homenagem inseriu-se no direito à memória e à verdade que as famílias das vítimas têm, com um valor de reparação simbólica".
De recordar que o Governo angolano tem em curso um Plano de Reconciliação em Memória às Vítimas de Conflitos Políticos, que prevê, entre outras questões, a emissão de certidões de óbito e a construção de um memorial para todas as vítimas dos conflitos políticos registados no país.
Para tal, foi criada a Comissão para a Implementação do Plano de Reconciliação em Memória às Vítima de Conflitos Políticos (CIVICOP), em 2019, por orientação do Presidente da República, João Lourenço.
A mesma tem por objectivo elaborar um plano geral de homenagem às vítimas dos conflitos políticos que ocorreram em Angola entre 11 de Novembro de 1975 (dia da independência) e 4 de Abril de 2002 (fim da guerra).