“Quando acontecer, a visita (de Joe Biden) servirá para consolidar a trajetória de construção de uma parceria estratégica que ampliará as relações de amizade e cooperação económica entre os nossos países, Angola e os Estados Unidos da América”, disse João Lourenço, que discursava na qualidade de líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder.
A deslocação de Joe Biden a Angola estava prevista para a próxima semana, entre dias 13 e 15, mas na terça-feira o Governo norte-americano anunciou o adiamento devido ao furacão que deverá atingir os Estados Unidos da América (EUA) nos próximos dias.
O Presidente de Angola augurou que as consequências "de um devastador furacão", que deverá atingir o território norte-americano nos próximos dias, não faça vítimas humanas nem provoque fortes danos materiais e manifestou-se convicto de que a adiada visita irá acontecer.
O chefe de Estado angolano declarou que o seu homólogo vai ser recebido “de mãos abertas, com a espontaneidade que caracteriza os angolanos”.
De acordo com João Lourenço, esta visita vai abrir maiores oportunidades de negócio para os investidores angolanos e americanos, constituir um ganho para a economia, estimular o surgimento de parcerias, contribuir para o aumento da produção nacional e exportações, promover o turismo, abrir portas para a entrada no mercado americano e facilitar a inserção da nossa economia na economia mundial.
À margem desta visita, destacou ainda João Lourenço, vai realizar-se em Luanda uma cimeira sobre o Corredor do Lobito, infraestrutura ferroviária que liga Angola às zonas de minérios da República Democrática do Congo (RDC) e da Zâmbia. Segundo João Lourenço, nesta cimeira vão participar também os chefes de Estado da RDCongo, Zâmbia, Tanzânia e outras importantes personalidades.
No contexto das relações internacionais e a crescente posição de Angola, o chefe de Estado recordou que “em novembro do corrente ano, no Brasil, Angola vai participar da Cimeira do G20 e assumir a presidência rotativa da União Africana no próximo ano, 2025”.
Avançou ainda que em meados do próximo ano terá lugar, também em Luanda, a cimeira de negócios Estados Unidos da América/África, que vai reunir políticos, empresários, banca, investidores e académicos dos EUA e do continente africano. João Lourenço expressou a necessidade de o MPLA encorajar esta dinâmica de abertura do país ao mundo, sobretudo “ao mundo dos negócios” para fazer jus à opção pela economia de mercado, no quadro do Estado democrático de direito que está em permanente construção.