A Lusa noticiou a 29 de agosto que o Ministério da Educação angolano considerou que já não existem "grandes divergências" na negociação em curso com os sindicatos do setor, com um entendimento comum a 90 por cento, sobretudo em relação ao novo estatuto da carreira docente.
O Sindicato Nacional dos Professores angolanos suspendeu, em abril, a segunda fase da greve no ensino geral, no quadro das negociações como o Ministério da Educação, alertando que os docentes podem retomar a terceira fase das reivindicações, no terceiro trimestre deste ano, caso não se solucionem as suas reclamações na totalidade.
O SINPROF diz aguardar desde 2013 por respostas do Ministério da Educação e das direções provinciais de Educação ao caderno reivindicativo, nomeadamente sobre o aumento do salário, a promoção de categoria e a redução da carga horária, mas "nem sequer 10 por cento das reclamações foram atendidas".
Hermínia do Nascimento considera a postura das entidades da educação do Cuanza Norte uma "caça às bruxas", lamentando ainda a "indisponibilidade ao diálogo" manifestado pelas autoridades daquela província.
"Então se a greve foi nacional, o país tem 18 províncias e quem decretou a greve foi a estrutura nacional, porquê perseguir os professores do Cuanza Norte? Inclusive já solicitámos audiências com o diretor provincial de educação e com o Governador da província", o que não foi aceite, afirmou.