O posicionamento da igreja católica angolana foi manifestado hoje, em Luanda, pelo presidente da CEAST, Filomeno Vieira Dias, na abertura da segunda assembleia ordinária, que decorre até ao dia 23, encontro que servirá para uma análise interna à vida da Igreja e ao contexto sociopolítico do país.
"Gostaríamos, neste momento, de felicitar o Presidente eleito, saudamos o seu propósito em ser o Presidente de todos os angolanos e trabalhar para o bem de todos os angolanos, em especial pelas populações mais vulneráveis", disse Filomeno Vieira Dias, que é também arcebispo de Luanda.
Acrescentando que a Igreja Católica angolana faz votos que "seja de facto um mandato que procure diminuir as assimetrias de diferente natureza", Filomeno Vieira Dias assumiu o compromisso de uma "leal colaboração na promoção do bem comum".
João Lourenço foi investido como novo chefe de Estado angolano a 26 de setembro e na sua primeira intervenção traçou o objetivo de combater as desigualdades sociais ou a mortalidade infantil, prometendo que os "anseios e expetativas dos cidadãos" vão constar permanentemente da agenda do executivo e que vai regularmente auscultar a população.
O arcebispo de Luanda referiu que os bispos católicos desejam um compromisso concreto com os desafios, sobretudo económicos, que Angola enfrenta.
"Na verdade, esses desafios exigem uma mobilização de energias que redescobrem razões de pertença e responsabilidade comuns e para a qual os crentes são convocados para um testemunho consistente", observou.